quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

coisas fora

Jogando coisas fora,
Pelo caminho ... coisas tolas.
Um pedaço de sonho,
Uma lembrança,
Um pergaminho ... escrito,
Em qualquer noite,
Diversos lugares,
Inúmeros olhares.
Coisas pelo caminho,
Caminhando pelas coisas,
Esquecidas,
Abandonadas,
Subestimadas ... quase nada,
Apenas o seguir, ir em frente,
Nem olhando pra trás,
Nem virando o pescoço,
Deixo que tudo fique preso ao passado,
No tempo exato que aconteceram,
No momento incerto de vários desejos.
Um beijo,
Um aceno,
Amasso, sexo, orgasmo ...
Se vai o tempo passando,
Sigo caminhando,
Persisto em meus enganos,
Insisto em tolos planos ... falíveis, vulneráveis, quase invisíveis.  

Quixote

Figura quixotesca,
Até onde vai tua loucura?
Até onde vais com tuas lutas?
Qual nível, índice, numero ou grau, qual?
Os teus dragões, monstros ou bicho ... bicho papão.
Faz de conta mais uma vez, na falta de moinhos, usa o cata vento,
Maciço oponente, guerra, luta, escaramuça,
Fuça ai,
Veja o que encontra, depois me conta,
Me diz porque o giz faz barulho,
Me mostra, cabeça e rabo de bacalhau
E o escambau,
Esculhambou geral,
Da pra ver aqui da geral ... galera ... viela,
Passa logo atravessa,
O beco escuro,
O lado mais escuro da chuva, temporal ...
Raios, trovões múltiplos ... raios duplos ... triplos ...
Triplico a oferta e cada dia mais vejo outros Quixotes,
Cavaleiro andante,
Mero comediante,
Farsante ... cavalo magro, sem o servo,
Cadê Sancho Pança?
Ta por ai na sua moto ou caranga ... dando banda ...
Cavaleiro andante, solitário, errante;
Figura mítica, mágica, traquinas.
Figura humana, perdida, distante ... longe, longe, longe;
Na sua mente perdida,
Nos seus sonhos a vida,
Nos seus desejos mais sonhos, mais ironias, do destino.

Chacara – dic.19.2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

pergunta

galhofa ... farofa ...
frango,
lombo,
porquinho ... da india,
que nada, quase festas natalinas,
noel,
claus,
cristo.
dia de cristo,
festa,
alegria,
euforia,
e nada de por em pratica palavras esquecidas,
mesmos na igrejas,
paroquias,
grutas.
quais?
quem somos de fato, talvez.
quem seriamos de fato, uma possibilidade.
muitas, quem sabe muitas respostas
a apenas uma única pergunta.

sábado, 11 de dezembro de 2010

4 cantos

sou navegante,
em meu barco de papel,
deslizo nas águas das chuvas,
em vento em popa, proa, a toa.
corsário, pirata, bucaneiro,
com meu chapéu de papel,
invado ilhas, cidades, vilas.
com minha espada de ripa,
batalhas luto, vitórias alcanço, navios tomo.
sou sórtido,
sanguinário,
imaginário ... meu, meu imaginário;
local de doidos sonhos,
aventuras mil,
jornadas ... nas estrelas, nas redondezas, vielas, becos, botecos.
solta ai mais um verso,
diz ai mais um conto,
prosa ai pelos quatro cantos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

fazer

minhas mãos tremulas se aproximam de teu corpo,
vai o coração a mil em disparada,
espevitada,
alucinada ... vivência,
os dias que passaram em branco,
o branco que passamos em dias ... branco,
preto, branco, branco e preto,
tonalidades sem fim,
mescla,
mistura,
fundir ... foder.
é di foder achar que o mundo gira em seu redor,
rodopia,
gira,
desafia ... imaginação,
desafia a imaginação,
persiste, insiste, persegue,
a perfeição,
no verso, prosa, palavras.
a torto, a direito; de qualquer jeito,
tolos são os feitos, me interesso mais pelo que vou fazer.

meu dia

sorria, ria, alegria.
hoje é o dia,
o dia do pagliacci,
paiaço,
paiaso,
palhaço ...
circense,
mambembe.
festa, luzes, cores ... roupas,
roupas desalinhadas, deformadas, afuniladas.
sapatos largos, compridos, desajeitados.
pintura na cara, não de guerra, não bélica.
cabelos, bom dos cabelos nem se fala;
compridos,
curtos,
desaforados ... engruvinhados ... paiaço.
cantigas, lorotas, chacotas ... palhaço.
feito de mato, feno, capim ... pagliacci.
abusa, da voz, sons, explosões ... paiaso.
vive, vida, paz, alegria,
hoje é meu dia!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

vida mais o menos

o vento estufa a lona,
picadeiro,
circo,
ribalta ... as luzes;
luzes da ribalta,
local onde encenamos a vida,
espaço onde desempenhamos o dia a dia,
tempo em que existimos ... sorrimos ... sentimos.
energia,
fluxo,
universo ... um só verso,
umas poucas palavras,
diminutas frases.
fases boas, ruins, mais o menos ... ôô vida!
ô vida mais o menos.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

pé rachado

pé rachado,
ressecado,
tomar mais cuidado,
preciso cuidar mais ...
dos pés,
do corpo,
da mente ...
sorrir,
olhar,
ser diferente;
de mim mesmo,
mudar, de vez.
alterar, a mudez.
modificar, o ser.
queria ser ...
eu mesmo,
meus defeitos,
meus acertos,
eu mesmo.
eu que não sou de papel,
metal tão pouco,
ouro, muito menos.
imagem lúcida, opaca, vetada ...
veto,
secreto,
disperso,
incerto ... como eu.
como eu a maça, melancia, jaca ... não!
jaca não!
nessa somente enfio o pé ... rachado, ressecado ...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

apenas isso

imagem,
minha própria imagem,
refletida na tela do computador,
mi computadora ... com puta dora;
teclas ao alcance dos dedos,
delete,
enter,
fixa,
end ... fim.
fim de tarde,
dia quente, escaldante,
cade meu banho refrescante ...
mar,
rio,
piscina,
vertente ...
vertendo ...
vomitando palavras, textos, metáforas.
expelindo frases, ideias, momentos.
decifrando enigmas, símbolos, sinais.
nada mais,
apenas isso ... pretendo.
me atrevo dizer,
não mais tenho papas na língua,
não mais possuo endereço, cep ou qualquer outro apetrecho ...
apenas isso.

domingo, 5 de dezembro de 2010

só pra te ver

criando asas,
mas não com toro rosso.
pensamentos voando,
buscando palavras,
encontrando frases,
imaginando imagens ...
escritas,
descritas,
explicitas ...  tri,
campeonato,
legal,
dimensional.
tridimensional,
3D ...
pra te ver;
só pra te ver,
ai, levando a vida com a barriga,
construindo os tais castelos de carta,
fluindo como água, por todos os cantos,
só pra ter ver,
mostrar a língua, somente por alegria,
sonhar de verdade, somente por ironia,
olhar por toda parte, só pra te ver ...
inverter,
subverter,
extrair ... as órbitas ...
só pra te ver.

sábado, 4 de dezembro de 2010

sino

A Dios, gracias!
Adios, gracias.
A Deus, graças!
Não, não vou falar:
a desgraças.
não tem graça,
esta rima não tem graça,
não tem nada ...
haver,
ser,
entender.
compor palavras, por vezes tem dessas;
combinações horrendas,
ilustrações de dar pena,
alucinações sem noção, sem noções ...
sem noção,
nação,
negação ...
negar existência, permanência, sentença.
cruz não tão leve, tampouco pesada.
pedra não tão pesada, muito menos leve.
boneco de neve suando ao sol,
é natal que chega ... jingle bell, jingle bell ... bate o sino pequenino ...
blem, Belém ... discórdia, intolerância, guerra;
o ser humano é uma merda.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

palavras & sentidos

cambios, mudanças, alterações;
dias de,
semana,
quiçá mes ...
inteiro,
meio ... terço;
rezo,
suplico,
rogo ... praga ... bondade ... felicidade.
sou de barro ...
santo,
demônio,
humano; simplesmente humano ... com todos, todos seus enganos,
muitos,
variados,
sortidos ... flora, fauna, a flora e a fauna ...
afloras,
afanas,
afagas.
mafagafos, mafagafinhos ... miados e latidos ... palavras & sentidos.

domingo, 28 de novembro de 2010

2811

dia de sol, céu azul e quase nada de nuvens,
informe meterológico do dia de hoje:
vigésimo oitavo dia do mes de novembro.
um dia num mes,
ano,
década ... merreca de tempo,
dia lindo, céu azul, sol e quase nada de nuvens.
um dia no tempo,
na história,
na memória.
deixou,
deixou um gosto bom na boca,
um rir sem fim,
um falar bobagens como se fossem verdades,
como se fosse de verdade,
como pudesse ter sido de verdade ... ficou,
ficou marcado no ser,
ficou tatuado no existir,
ficou ... como ilusão, como sonho ... ficou no dia,
no dia 28 do onze.

sábado, 27 de novembro de 2010

fight

Poderia te dizer,
que os inimigos não estão dentro e não fora,
mas isso apenas seria,
uma discussão,
disputa por posição.
palmo a palmo,
unha a unha,
olho por olho ... dente por dente.
humanos, procuramos inimigos,
em qualquer canto ;;; brigar, lutar, guerrear ... bélico, beligerante, oponente;
vamos lá minha gente, na mão, bandeira, porrete, fuzil potente ...
cerro os punhos,
fecho os olhos,
me jogo,
atiro no espaço e acerto o próprio pé.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

olha, olha a tua volta.

vou assim,
fazendo coisas,
dizendo coisas,
sendo ... coisa,
cabeluda,
obtusa,
confusa ... nem uma coisa, nem outra, veja só voce!
Dias são como a duração do movimento do sol em torno da terra.
agora forcei a barra,
torci a palavra,
entortei feito árvore em tempestade,
tipo mato, arbusto, moita;
atrás de moita da pra fazer muita coisa,
dá sim,
vamos lá experimentar?
que foi tá com medo?
tenha não, não mordo ... pouco, cão louco, alucinado ...
fascinado pelas coisas da vida,
obcecado pelas coisas de vidas,
travado no seu próprio tempo, compasso, espera ...
dia melhor,
vida melhor,
paisagem a enfeitar meu olhar,
quase quadro,
obra prima,
olhe a tua volta, olha!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

casa da rua onze

bagunça fora do usual ...
hoje,
móveis sendo desmontados,
caixas vazias ... cheias,
tudo espalhado ... esparramado,
poeira de anos,
marcas de década,
silhuetas de séculos ... ficam.
ficam pra trás,
são quase passado,
já são história ... memória,
ficaram na memória: humor, riso, tristesas, alegrias;
gargalhadas, choros, miados, latidos ... gemidos.
paredes pixadas com os sinais da vida,
paredes grafitadas com os ideais e as sinas ...
me ensina agora como decifrar os dias, os sinais, os finais.
Acaba um ciclo, começa outro.
volta completa, meia volta volver ... voce vai ver,
vai fazer outras histórias,
vai contar outras anedotas,
falar ... muitas outras lorotas,
mas não mais,
na casa da rua onze.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

tropeço

bate e pronto,
imediato,
instântaeo ... feito macarrão,
sem molho,
com molho ... branco, vermelho, amarelo ...
paralelo,
parabelum,
hummm ... que merda de texto,
nem de miojo gosto,
spagheti ao pesto, putanesca, gostos variados.
sabores,
odores,
sensores ... alerta, sensores em alerta,
olha prum lado, olha pro outro,
atravessa,
a rua,
avenida,
estrada ... atravessa,
vai de desvio,
atalho,
melhor caminho ... piso no tempo,
piso no espaço,
tropeço em meu ego.

vida

doido,
o mundo é doido ...
detalhes,
sutilezas,
descobertas ...
pequenas,
grandes,
gigantes ... pé de feijão,
suba,
depois desabe como um leitão ... porquinho,
toucinho,
defumado,
assado ... ações de graça,
doa-se ações ... boas, más, medianas.
doida, a vida é doida.
louca varrida,
ensandecida,
é vida,
é vida,
mais que pensa,
mais que imagina,
não mais que vida ... gracias a la vida.

domingo, 21 de novembro de 2010

pop!

virei pop ...
pop!
bolha de sabão,
estoura,
explode ...
pop!
explode,
estoura,
vira outra coisa,
outra pessoa ...
pop!
estoura,
explode,
vira outra pessoa
outra coisa ...
pop!
implode,
ressoa,
no ar, no tempo, no elemento ...
pop!
sabão, bolha, estouro, explosão ...
pop!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

mudo

cata ... clisma, pulga , vento.
ao sabor do vento,
movimento;
ao som do vento,
ornamento ... vento.
venta forte,
venta maneiro,
o dia inteiro ... venta.
não, não inventa!
não cria nada não,
deixa de lado,
num canto,
abandono.
catapulta, arremessa tudo ao vento,
deixa que leve,
deixa ficar mais leve,
flutua.
cata ... bagulho, frango, tudo ... o mundo ... gira ... caminha,
mudo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ouvidos

abro os ouvidos,
quanto sons ... barulhos ...
tiros,
buzinas,
escapamentos.

abro os ouvidos,
quantos sons ... barulhos ...
coração bate,
sangue flui,
ar respira.

abro os ouvidos,
quantos sons ... barulhos ...
pensamento em mente,
ilusão crescente,
ideais nascentes.

ouvidos abertos,
quantos barulhos ... sons ...
ouça:
diversas composições,
sinfonias inúmeras,
apenas poesia.

mãos na parede

mãos na parede,
muro,
cerca.
sinta a barreira,
obstáculo,
espetáculo ... vida e morte na esquina,
amor e ódio nas entrelinhas,
ardor e tédio nas idas e vindas.

mãos na parede,
muro,
cerca.
vamos brincar,
fingir bandido e mocinha,
pode ser bandida e mocinho,
não faz diferença não,
passo minha mão,
pela pele ... pelos pelos.

mãos na parede,
muro,
cerca.
pula!
pula logo e pica a mula,
dá no pé mané,
senão, que nem jacaré,
vai virar bolsa, sacola, mochila.

mãos na parede,
muro,
cerca.
cerca os teus bens,
os teus dinheiros,
as tuas ações ...
facções,
canções ... canta a alma, levo um lero com a aura, papo com o espectro.

mãos na parede,
muro,
cerca.
é geral, tudo mundo com as mão no muro,
tah tudo mundo enquadrado ...
quadrado,
esfera,
espera, espera os hómi passá.
espera o mundo rodar, dar pirueta, flutuar.

mãos na parede,
muro,
cerca.
antes as mãos que a cara,
fuça ralada,
testa raspada.
reclamo não, ainda sou aprendiz.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

mortal

excepcionalmente mortal.
diria mais:
um alvo,
móvel,
estande de parque ... diversões ... inversões ... frustrações.
como posso ser um reres mortal?
veias,
sangue,
carne,
mente ... o que tens em mente?
são apenas bobagens,
tuas bagagens,
as histórias que ainda não contaste,
as viagens que ainda não fizeste ...
se veste, despe, veste novamente ... rotina.
se olha, ve, olha diferente ... retina.
se devora, gosta, mastiga com os dentes ... dia a dia.
um dia,
outro dia,
uma semana, mes, ano,
vai o tempo passando,
cabelo mais branco,
corpo mais cansado,
mente trepidando ... fluindo ... transbordando.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

normal

quisera ser normal,
tem hora que vem esta vontade,
mas ai, vem a pergunta:
o que é normal afinal?
morrer de trabalho?
sofrer por amores?
sentir várias dores?
quem me diz?
quem me traduz o normal?
quem pode de fato dizer-se normal?
qual ótica?
qual vertente?
o que sentes. me diga!
como ages, me mostra!
sou crente,
naquilo que possa ser tocado,
aquilo que pode ser percebido ...
toque, sinta, persista ...
no erro, acerto, incerto como tua vida,
olha só a paisagem,
sinta só a paisagem,
varanda do fim do dia.

domingo, 14 de novembro de 2010

bola fora

De uma maneira ... outra.
Forma,
estética,
geografia,
aritmética ... volumétrica ...
ética,
pura retórica,
imensa oratória ... oratório ... ajoelha ... reza.
Ora ao teu deus,
ora bola,
fora,
no pau,
travessão; foi gol não, foi gol não.
De raspão,
tinta chegou a tirar, rede balançar,
mas;
bola fora!

sábado, 13 de novembro de 2010

deu a tônica

Bebo,
fumo,
me consumo em alguns muitos vícios,
qual mais gosto?
Escrever.
Gosto mesmo,
meio que desligo,
muito que transgrido,
meus próprios limites,
meus impróprios sentidos ... invertidos,
insanos,
planos.
Ganho anos e nenhuma sabedoria,
concorro a enganos e me faço múltiplo.
O último a cair,
primeiro a sorrir,
me faça rir,
não me faça ir, fico por ai.
Vadio,
vagal,
vogal ... tônica, gelo e limão.
Deu a tônica.

ser gente

quão lúcido me encontro?
quão lúcifer são meus atos?
quão lúdicos os passos ...
pisam, deixam marcas .... caminho.
pensamentos, turvos, abstratos.
movimento, ação, demonstração ...
de poder ...
querer ...
sentir.
sentir a brisa no rosto,
querer da vida a parcela vivida,
poder em pleno dia olhar, sorrir, fingir ...
imaginar que as coisas são de prata, ouro, mármore;
surrupiar imagens, mensagens, verdades;
apresentar um espetáculo, circense, mambembe, sementes ... raízes.
de planta,
de gente,
de bicho,
da gente.
antigamente,
antiga gente,
antes da gente ... ser gente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sorria!

Lacuna,
espaço finito,
entre mundos.
Real ... imaginário.
Pensável ... impensável.
Plausível ... impossível.
Assim são,
pensamentos,
sentimentos,
momentos ...
5 minutos,
apenas um segundo,
miléssimo ... apenas.
Olhe agora esta flor,
pra voce,
colhi agora,
roubei agora,
catei lá fora ... mas com carinho, com jeitinho.
Somente esta espécime de flora,
te trago,
somente esta flor ... do campo, jardim, vaso ...
enfim: uma flor,
pra combinar com teus olhos,
enfeitar teu cabelo,
soltar teu sorriso.
Sorria!

Feliz dia

Bom dia !
Feliz dia,
Feliz sonhar,
Feliz viver.
Sentir,
Exprimir,
Transmitir,
Tua luz,
Tua emoção,
Coração.
Grande, gigante, inocente.
Pensei,
Semana,
Mês,
Ano:
Feliz dia,
Dia feliz.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

parar

Pensei em parar,
Parar de escrever,
Parei,
Pensei,
Não sei, talvez ainda tenha algo a dizer,
Uns verso,
Uns poema,
Uns escrito.
Talvez tenha muito
O problema talvez seja:
Que ninguém leia,
Que ninguém entenda,
Que somente eu entenda;
Ai pirei, de vez, pirei.
Me torno rei, sem coroa, sem trono.
Me torno deus, sem poderes, sem enganos.
Me torno a lei, sem balança, sem sentença.
Que pensas?
Em quem pensas, nesta tarde de outono?
Em qual nau afundaste os teus sonhos?
Anônimos,
Autômatos,
Paspalhos.

hoje

não
hoje não vou escrever não
to sem inspiração
falta emoção
coração
bate
bate
rebate
enfarte
em parte
sem arte
sempre a arte
sempre a falta
de arte
pinceladas
criatividades
ta vendo
eu disse
hoje sem possibilidades

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Amanhecer

Sou do mato
Da água
Do ar
Que respiro
Lugar que existo
Não sou fresco não
Qualquer lugar ta bão
Qualquer luar também
Amanhecer
O amanhecer não
Tem que ser especial
Tem que ser diferente
Precisa identidade
Com foto
RG
E dedo impresso
Não basta aparecer
Não basta não
Olha só
Raios
Brilhos
Calor
Isso qualquer faz
Basta imitar
Luz
Cores
Matizes
Isso sim interfere
Isso sim difere
Mais
Mais
Sempre mais
Intenso
Drástico
Enigmático
Movimento automático
Translação
Transformação
Trans
Transito
Insisto

passei

De-me licença, quero passar!
Abre espaço, alas, janelas, portas, portinholas ...
estou passando,
de passagem,
de viagem.
Onde passa um, passam dois, tres, um montão ...
passa gente apressada,
passa gente dispersada,
passa gente engraçada ... na calçada ... de calça arriada.
Caiu a calça, palhaçada.
Coisa de palhaço,
coisa do cansaço,
coisas do acaso;
e por acaso não me vistes passar?
Passei ai logo ao lado,
pisquei o olho,
sorri maroto,
e nada, nem uma olhada
... piscada
... sorriso
... nada.
Voce só não deixou de sentir,
a presença,
a ausência,
a carência

terça-feira, 9 de novembro de 2010

não, não diga!

Engodo,
gordo,
ogro!
Um ogro nojento ... sedento ... com fome.
Me de seu dinheiro!
Que frase estranha, como te soa?
Algo familiar?
Tua vizinha?
Sim, uma frase estranha,
remonta a tempos,
remoe os íntimos,
corroe os líricos.
Arma forte,
destrutiva,
activa.
Da-me tua grana.
Não tão aflita,
não menos proibida; não, não diga!

errei ... erro ... errarei

Errar é tão humano,
aceitar o erro,
ai já são outros quinhentos.
Errei,
erro,
errarei ...
o verbo em todas suas conjugações, ramificações.
Sim, sou humano,
porém aceito,
assumo,
consumo, meu erro.
Meus erros ... deslizes ... enganos;
carrego em meus ombros o peso dos mesmos,
tenho na alma as cicatrizes ... profundas, superficiais, sensoriais.
Sem dor!
Sem pena!
Sem drama!
Errei ... erro ... errarei, pra sempre enquanto for gente, ser vivente.
Os acertos?
Estes já são outra história que fica pra outra hora.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

e coisa e tal

Momento forte, intenso, pleno ... de intentos;
meros intentos.
Incertulos, incrédulos, nulos ... tubos,
tubos de ensaio,
química de desejos,
laços de sossego ... meu ego ... meu verso ... meu escrito.
Meu antagonismo:
sou letárgico,
alérgico,
trágico ... cômico, tragi-comico.
Mágico ou normal?
Flácido ou com peso acima do normal?
Lárapio ou otário?
Viés,
depende do viés,
se olhas assim ve de um jeito,
se espias assado ve de outro,
very simple ... por demais de simples ... até mesmo banal.
E coisa e tal,
a tal coisa ... letal, metal, floral ... lavanda, varanda, ciranda.
Roda, vira!
Vira, roda!
Carroça ... carcaça ... mordaça.

sábado, 6 de novembro de 2010

diz o papagaio

Viagem,
outros mundos,
universos,
versos
e contos.
Imagine pelo que passo.
passo a passo,
step by step,
leque de opções,
variadas situações ... sons.
Imagens de ação, força, excitação.
Voltagens de intensa voltagem ... vagem ... semente ... somente;
somente semente, nascente, vertente.
Dedilho letras,
formo palavras,
escrevo frases,
me lanço no espaço ... vácuo ... opaco ...
currupaco papaco,
diz o papagaio, currupaco papaco.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

fluir

Regras da lei,
bandido,
fora da ...lei.
Ei, voce ai!
Veja voce deixou cair:
o lenço,
o tempo,
o vento ... deixou,
deixou rolarem os dados, números falsificados;
permitiu lances altos, tombo de grande magnitude;
terremoto,
tremor,
balançar, mas não cair;
existir, mas não sentir;
fluir, por ai, por aqui ... ali.
Ali longe, cometa errante, luneta gigante ... olhos ... mirante.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

verbo

Intenso, confuso, recluso ...
orgânico, momento orgânico,
pragmático,
esquemático,
estático.
Captando estática no ar, solo, mar;
buscando uma estrela errática no céu sem luar,
brilhos minúsculos,
olhares miúdos,
mudos ... mudos olhamos,
mudos ficamos,
mudos estamos ... olhando,
o universo,
um verso ... verbo.
Conjugando um verso,
declamando um verbo,
nos pego ... nos pregos,
da cerca, caixa, cruz ... credo!
Acreditamos e ao mesmo tempo criamos,
um céu, muitas estrelas, muitas certezas ... magras, belas, sinceras ... certezas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

água

Água, fria ou gelada, goela a baixo, corpo e alma ... água.
Sacia a sede,
humedece os lábios,
irriga a carne.
Me de um copo,
um balde,
uma chuva ...
sede, banho, lavoura ... líquido estado ... água.
Preciosa,
linda,
pura;
benta,
de poço,
da rua.
Lava os pés,
as mãos,
alma ... lava a alma, refresca o corpo, inunda os olhos ... água.
Salgada, doce, boricada ... perfumada.
Simples, complexa, intensa, modesta ... água.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

riam

Teu nome em verso ... prosa, escrita;
palavra ... escrita, rabiscada, pixada.
Muro,
valeta,
cerca;
vamos pular cerca ... corda, cabra cega.
Cabra danado,
cabra da peste,
o que vestes, a roupa de domingo,
hoje tem festa?
Tem sim,
festa,
alegria,
piada de botequim ... riam enfim!
Podem rir a vontade, agora ou mais tarde, mas riam;
riam da própria cara,
barbada,
cansada,
lavada.
Riam de mim, de voces, de voce ... riam, raios, sorriam.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

pós electoral

Primeiro dia pós eleição, segue lacônico, quase cômico. Tristeza, alegrias, férias merecidas; parece até final de campeonato, campeão e vice, ganhador e perdedor; para quem torcias? Não meu time não participou deste torneio, ficou de fora, só olhando. Vejamos, agora começa a biografia, da distinta primeira chefa, diretora, presidenta, veio até da Bulgária, Balcãs; tá vendo, dai vem a brabeza, guerra, guerrilha. E o dia segue em um resumo, síntese, resenha ... desenha o Sr. Barnes desolado, triste, acabado ... que escolha mais absurda, taciturna; um zero a direita. Ops foi mal. Quase sem querer, querendo. Agora é o apaziguar, guardar as bandeiras, sair das trincheiras, recolher as escutas, finalizar as muvucas. Imagine fim de governo, com o próximo mandato no mesmo time; brincadeira; mas não de criança, não de brincadeira ... dança das cadeiras, quem fica, quem vai, quem chega ... agora hora da partilha, última, definitiva; até que se mude as moscas, o coco, o cenário; mas ai já é dificil ... outro momento.

sábado, 30 de outubro de 2010

sorte

Trovão, trova, viola;
não!
Agora a moda é outra:
ditos,
não ditos,
manuscritos.
Qual som seria, o da chuva caindo em teu corpo,
escorrendo ...
penetrando ...
aprofundando;
o poço,
o relacionamento,
o intento, tenta!
Entender, que o dia nasce pleno de sabor, cheiro, vento.
Crescer no espírito, apenas um básico requisito.
Ver e não apenas enxergar.
Fazer graça, mas não de graça;
vai te custar a alma,
vai te valer a vida ... criatura, besta, fera ...
bestial, celestial ... festival.
Festival de besteiras, asneiras, tonterias ... loterias,
as mais diversas,
loto, sena, esportiva e o bingo da esquina,
aposta ai!
Tuas fichas, números, palpites ... o que vai dar?
Somente a sorte pode te desejar,
somente ela.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

só isso

PS ...
pronto socorro,
postscript,
poste escrito ... pixado ... propagandado.
Propagado,
pré pagado,
presupuestado ... estima ai:
tua permanência em vida,
teus amores,
tuas conquistas ... festa, que festa?
Qualquer, festa é festa!

Putz, perdi completamente o fio e a meada, acabou, este verso foi pro espaço. Me perdi mesmo, campanhia, gente falando, cachorro latindo ... perdi ... o verso, a frente, os lados e não sei pra que lado, pra que lado seguir, qual palavras ouvir, o que escrever ... ver ... a menina nua, a tarde cair muda, um sorriso sem amarelismos; só isso!

conversa à parte

Teu nome, me diz teu nome, nem perguntarei o que queres,
somente teu nome,
me interessa,
stressa ...
conversa ...
vamos ter uma conversa,
de pé de oreia,
um dedo de prosa,
no fio do bigode.
Olho no olho,
olho por olho ... dente ...
dente de alho, porque o espanto?
És vampiro?
Crepúsculo?
Lua Nova?
Não me venhas com histórias,
sagas,
soap opera ... folhetim.
Temos muito que falar,
não adiantar se safar,
agora vamos conversar.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

realidade (s)

Realidade ... nua, crua, pura ... saborosa.
Sabor de real, imaginário, lendário.
Lendas de tempos passados,
palavras levadas de boca em boca,
mensagens deixadas de pais para filhos ... imaginário.
Imagens diversas lançadas na net, na rede, arrastão;
arrasta, arraste o teu ser, transponha os portais do amanhecer.
Vem o sol a nascer,
surgindo do horizonte,
brilhando de monte,
esquentando mentes.
Realidades, várias, diversas, diferentes ...
a tua,
minha,
dos outros.
Realidades, variáveis, mutáveis, instáveis ...
guerras, conflitos, escaramuças;
cólera, gripe, bactéria.
Realidades, apenas realidades.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

somos

Pernicioso,
um perigo,
cuidado!
Te causa danos, prejuízos, perdas;
no erário, ao otário ... novato ... aprendiz;
de carpinteiro, feiticeiro, justiceiro.
Apenas aprendendo,
atráves de alguns tempos,
como fazer, como ser, como viver ...
esquecendo ... viver esquecendo o que aprendeu, conheceu, viveu;
ciclo, esfera, redoma ...
de vidro transparente, filmado, blindado ...
tiros a esmo ...
beijos certeiros ...
perdidos, achados;
achados & perdidos: temos aqui um verso, texto, escrito;
que foi perdido, largado, abandonado em um banco, terreno baldio,
beira de riacho ...
diacho!
E logo eu que acho?
Acho no acaso,
no percalço de um sorriso,
no pedaço de um abismo ...
boquiaberto, dentes esbeltos ...
porcelana da China, quase igual latrina, quase sem sal nem margarina ...
sal, pimenta, azeite ...
tempere o que comes, consomes ...
fomes ...
fomos ...
somos.

escolha

Mal ... malcriação, maledicência, maldição. Escolha a tua, qual tua opção? Coração, razão, abstração; também pode ser basta escolher; vida, morte, Severina; qual preferes, qual odeia? Duplo, sentido, contexto, polaridade ... vaidade te toma, faz mal não, a escolha é tua por natureza e não falo de votos, campanhas, eleição; e sim de tudo, do todo ... o todo de tua vida, trajetória, caminho; o que escolhes? Alegria, paz, guerra; tanto faz, tanto fez. Bem, mal, meio termo, mediano ... medíocre ... médio, meio a meio ... meio capeta, meio santo ... meio sem jeito, num toma jeito ... meio do lago, sem barco ou remos ... centro da terra em sua próprias pernas, caminha, anda, se aproxima ... afasta ... vai longe, distante ... próxima quadra, gálaxia ... escolha.

domingo, 24 de outubro de 2010

lua no mar

Sair por ai, estrada, órbita, lance de escada; que sacada não? Saca só! Somente um passo e voce já não está mais no mesmo lugar, já dizia Science ... já dizia. Dai, que importa se for estrada, órbita ou escada; o lance e este: profundidade, enterrada, driblada; o lance é este e faz, faz a diferença, faz presença ... ausência. Ausente, distante, indiferente; somos assim e pior ao mesmo tempo, no mesmo momento, instântaneo, segmento. Siga as placas, siga a via. Da loucura? Da lua no mar? Do realizar? Loucura estranha, arrebata, atrai e afasta, dilata poros, olhos, narinas. Realizar os sonhos, idealizar destinos, imaginar delírios ... lírios ... chá de lírio, mito? Omito a parte da lua no mar, essa de nada posso falar, dá vontade de seguir, ir mar a dentro ... adendo ... a parte, parte significativa, incisiva, extinta. Ex-tinta, agora não mais, não mais pinta, não mais colore ... a parede, o pedaço, o retrato ... preto & branco, não! Preto, branco e cinza. Preto, no branco e no cinza ... cinzel, martelo, pedra; escultura iniciada, inacabada ... em transformação.

sábado, 23 de outubro de 2010

meta a morfose

Sonhos, muitos, punhado, monte; talvez dezena, quina, centena. Todos fluídos, rápidos, imperfeitos. Invólucros de papel crepon, seda ou papel de pão ... sacolão, quitanda, feira; olha a verdura madame, olha a banana nanica, alface crespa. Não encrespa não, não adianta não, deste modo se faz a situação, posição, transição; três palavras seguidas de similar rima, imprópria ginga, danada pinga ... cachaça ... aguardente, o corpo se sente diferente, idade, tempo, estado ... físico, político, metafísico ... meta a morfose ... metamorfose, vira bicho, inseto, larva ... vira, broto, folhagem, semente ... pente; penteie o teu cabelo. Vá no barbeiro, vá no banheiro aliviar os dejetos. Não esqueça da descarga, mande tudo por água a baixo, cano a dentro, esgoto a fora.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

bácteria

Jogo de corda, pula, puxa, estica, amarra ... no pescoço, na fogueira, na clareira. Quanta besteira ouvimos na atualidade, brigas, protestos, guerras, bácterias ... na lua tem água e prata, que bom, mais um lugar para explorar, esvaziar, pilhar. Tão pilhando a nossa terra, tão extraindo dela o sangue, músculos, carnes; vão deixar somente o osso, vamos roer. Roer osso, madeira, pedreira ... ranger os dentes de raiva, morder os lábios de sede, fechar os olhos de medo; medo de não mais ver floresta, rios, mares e vales. De não mais sentir a brisa do começo do dia, o cheiro do mato, a água e seu sabor abstrato. Bala perdida, invasões, roubos, assassinatos; página policial nos proporcionando um espetáculo dantesco, sempre o mesmo, porém sob um novo enfoque, prisma, visão ... alta definição ... espião, tem um espião por ai te olhando, investigando, averiguando; busca teu passado, presente e mesmo o futuro ... desconfiam, analisam, guardam nas mangas os trunfos, ases e pormenores. Dos assuntos este é dos menores, níveis, deslizes, diretrizes.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

estrelas

Queria saber sobre estrelas ... astrologia, astronomia, astrofísica; não! Apenas conta-las, apenas saber seu número; vasto, distante, quase tudo; imagine, muito mais que o mundo. Que conhecemos, mundo que conhecemos, conversamos, falamos, dizemos ... tome atento! Estou falando do mundo, do tudo, de toda essência de nosso conhecimento ... fragmento ... momento ... ínfimo! Pequeno mesmo, mais que nano, mais que o mano, os mano. Os mano meu! Os mano tão por ai, só rodeando, só de banda ... deu mole dança! Vou te tirar pra dançar, dançar a vida, bailar na avenida, festejar em via pública; o que publicas? Anedotas. falsetas, facetas? Mexericos, bla bla blas, e muito comício? Faça não! Faça isso não. Qual tal a verdade, que tal escancarar as portas, abrir as comportas ... melhor abrir as pernas para os lucros e cifrões, não importa a banda, não importa o samba ... quem dança? Não sei, só sei que me afastei muito das estrelas, anos luz ... distante.

atrás da moita

Mesmo ficando louco, feito cão, cão danado: arisco, arredio, desconfiado ... veiaco. Mestre de cerimonias, cuca, impaciência, impedância, pança ... balançando a pança, parece dança, dança da chuva, dança pra lua, dança romântica ... que nada, é mais das cadeiras, dança das cadeiras, poltronas, banquetas; baque, batuque, atabaque; repique o pique, acelere o passo, o compasso, o espaço. Frio, gelado, solitário ... espaço ... que me cerca, que te envolve, nos contorna. Feito cão. Latindo, rosnando, uivando; quando te vejo passando, rebolando, chamando; vem cá vem! Vem mais perto, preciso te contar um segredo, meus dedos são ligeiros, mas não roubam teu dinheiro, cartão ou cheque ... sem fundo ... sem lastro ... sem o menor dos sentidos prossigo escrevendo este texto e me pergunto: onde quero chegar? Tenho agora que pensar como o cão, esquinha, poste, casinha? Talvez uma moitinha, hum atrás da moita te vejo a noitinha, que tal um luar, um silêncio, contemplação ... não tenho apelação.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

espero que seja menta

Maloqueiro, cachaceiro, marijuanero ... todo torto nada direito ... ao todo errado, muito pelo contrário: te digo! Pelo menos não é filho da puta e nem dá a bunda. Frase de feito apenas isso. Chamei a atenção, olha então: dois e dois são quatro, pelo menos no primeiro momento, esteja atento, olhe divagarin, saia de finin ... sim, sai fora, deixa de broma ... sai fora, pica a mula ... coices no ar, dilatado ar que se respira; fuligem, metais e outras toxinas ... fumaça ... do cigarro ... do carro ... do baseado. Sem traumas, apenas um baseado, eu nem mais cheiro ... cherinho, cafungada; tiro na madrugada ... a fora ... madrugada a fora, sapato, pernas e sola. O dia vai raiando, despontando, surgindo; céu azulzinho, da vontade de voar, mas não da não; tem um monte de avião, pássaros de metal, plástico e qualquer outro material ... congestionado, o céu esta congestionado, como poderia sair de balada? Como seria fazer malabarismo em meio a estrondos e ruídos ... barulho ... orgulho do progresso ... escuta? Nada parece em silêncio, sempre um som, estampido, tiro ... bala ... bala perdida, espero que seja menta!

caminho

Ambição, ganância, fuxico, filha da putagem; talvez tenha faltado isso. Se fosse assim poderia ter riquezas, iates, carros, luxos, moleza ... talvez tenha faltado isso para ser bem sucedido, famoso, pilantra, rico. Mas abdico; do trono, coroa e demais riquezas; apenas sonho, imagino, construo ... castelos, castelos de areia, castelos de areia na areia da praia, na beira da praia. Lá vem a onda danada levando o trabalho efetuado, me mostra o gráfico, quantos grãos de areia? Qual torre demorou mais a ruir? Qual gota d'água foi mais ágil, mais ferina, ativa; pró-ativa ... ativa ai o cérebro, neurônios e elétricos estrondos; sons do passado e do presente ... ausente, me transporto, teletransporto ... para as palavras, para os escritos ... fugindo ... de mim mesmo, de voce, dos seres humanos. Não me dou ao luxo de seguir este ou aquele caminho, não luxo não! Decidi, em algum momento fazer um caminho; torto, mal feito, estreito. Passa por meio de brejos, talvez até em um momento desses encontro o Schreck; segue pelos desertos frios e quentes; se aprofunda por minha mente, escura, densa e de muitas nervuras ... ruas intrincadas, becos e travessas mal afamadas. E as ladeiras então? Mais ingrimes que Olinda e aquelas tantas cidades de Minas, subida difícil para quedas propensas ... me de o paraquedas, me de uma asa delta, pode ser alfa, beta, gama ... balão de ar flutuando sem destino, não sem destino não, apenas olhando a paisagem, somente contornando a linha do horizonte, indo pra trás do montes.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

não vale mentir

Voce tem mentido ultimamente? Uma pergunta assim nada tranquila, mas me responda assim mesmo, somente veja o que vai falar, não vale mentir. Deixa rolar o verbo, que as consoantes e vogais sejam expelidas ... ofensas, pragas, bênçãos, graças ... diversas são as frases, os contextos mais ainda, mas não minta, não finja ... não finja que não é com voce, não minta que é de brincadeira; gosto das brincadeiras, já disse isso e repito, mais ainda creio que repetirei. Não tenho a intenção de buscar palavras diferenciadas, então uso mesmo as que tenho, algumas invento, outras nem lembro. Esquecendo, recordando, inventando; não sei talvez haja algum engano, talvez estas palavras não sejam minhas, sejam tuas, talvez.

consumo

Ei, posso te ver! Posso sim, verdade! Vejo através da lua, face, rosto ... clausura. Grades, portões ... automáticos, abrem e fecham, saem e entram; movimento. Vai e vem de gente, gente apressada, atarefada, estabanada; carrega junto tudo o que ve pela frente, parece trator, tsunami, origami ... papel, feito papel sai flutuando, folha aberta, em branco ... folha em branco, ainda não escrita, flutuando ... boiando no ar ... balonismo ... folhismo ... em branco. Enquanto isso no banco, fila extensas, documentos às pencas, dinheiro de menos. Plástico, dinheiro de plástico, crédito fácil; compre, gaste, consuma; seja o combustível do crescimento. Chip, dinheiro de chip, compra fácil ... gaste, gaste, gaste ... compre, compre, compre; carro, TV, LCD, LED, 3D.

Alien

Escritor, poeta, lírico, ser de outro planeta, queria ter um tanto de talento, mas apenas transita por meio a palavras e frases ... fases altas e baixas ... falas altas e baixas ... achas o que procuras, se ausenta, some, consome. Consome nomes, imagens, sons; grava tudo na memória, guarda tudo de memória ... Drive, dirige e pilota; nave, bike e as próprias pernas, pernas pro ar, este texto esta de ponta cabeça, virado prá baixo, plantando bananeira ... não, jaqueira! Já queira, já queria, já quiseste. Fez careta frente ao espelho, bochecho e gargarejo; que feio. Pisa no freio, breca esta jaca, para ai na esquina. Aqui pulou fora, deu de pinote, se escafedeu em sua espaçonave.

venda

Horário novo, tempo mais longo, o dia fica mais tempo, mais aproveitável. Ia dizer mais produtivo mas acho o termo pejorativo: produzir, organizar, optimizar; palavras chave dos jogos de produtividade, me dá teu tempo, teu corpo, sua alma ... me venda sua alma por este bocado de grana, podes comprar carros, casas, aparelhos fantásticos, sorrisos plásticos, metálicos, porcelanato. Imagine posso te oferecer dentes de porcelanato, reluzente, brilhante, radiantes ... bacantes, imagines então as festas, mulheres, sacanagem e uisque importado. Te digo, não, não dê bola pro tempo, ele fica lá passando e no mesmo instante voce aqui aproveitando, talvez dois ou três dias ao ano, uma semana, dez dias; um mes? Nem pensar, isso já era, temos que optimizar ... sugar, extrair, extrapolar, o melhor de todos, maior pique, motivação e clima, clima organizacional. Poderia ser clima orgasmacional, seria sensacional. Que mal há em sonhar? Mas então voltemos ao nosso principal tema: a venda! Voce assina aqui, e eu ali, mais abaixo duas testemunhas. Pronto, tua alma já é minha, vai lá pra tua escrivaninha, mesa, estação de trabalho ... escravo, meu escravo. Sou patrão, gerentão, cafetão ... se não serve mando pra rua, com direto a nada a não ser um pé no traseiro, um pouco de dinheiro e um mundo a descobrir. Vai ai!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tu tá fazendo cú doce, é?

- Imagine a frase a cima, pode?
- Não imagine direito: fazer cú doce? Quer coisa mais esquisita?
- Ué, eu não imagino um cú doce, passaram moça?
- Não me venha falar de contextos e contemporaneidades, venha não!
- Tá bom, tah bão!
- Agora entendi. Mas pensando bem ainda tenho uma dúvida: se é apenas uma figura de linguagem, porque alguém diabos, inventou esta figura?
- Explica ai uai!
- Não adianta não tem lógica dizer simplesmente que significa frescura, viadagem, lero lero; nada disso. Quero saber como alguém se da ao trabalho de formular algo assim?
- Como se perdeu no tempo?
- Algo assim transcende pelo tempo, esta merda tá ai até hoje.
- O que?
- Cú Doce, caralho! Parece que não entendeu nada, seu cú de burro.

mesquiaria

Mesquinho, o ser humano é mesquinho, é algo de improvável, insano, insuportável ... tacanho. Se prende a detalhes irrelevantes, coisa sem sentido e vai passando como rolo compressor por sobre tudo a sua frente, comprimindo, achatando, amassando. Nada importa, somente a mesquinharia, a realidade imposta por procedimentos, contratos e documentos; regras, leis, mandamentos; possuem sem dúvida sua importância, sua relevância, mas sejamos humanos e não estranhos. Não existem ganhos além de sua conduta, postura frente aos problemas, doçura frente os dilemas, certo ou errado, certo e errado ... dualidade, antagonismo, bilateral. Barba, cabelo e bigode; corte, apare e raspe ... raspar ... raspadinha, talvez a sorte seja sua vizinha, imagina ganhar uma graninha; imagina ganhar uma granona ... mala, sacola, cueca, meia, tudo serve na hora que que se saqueia, carrega tudo, até mesmo o lustre, tapete e as cortinas ... mesquinharia!

happy niver

23 anos e voce me atura todo este tempo? Sei, não deve ser fácil, afinal sou chato, pentelho, enfim um saco; talvez não seja de todo ruim, tenho também versão light. São vinte e tres anos e me pego a pensar: quantas vezes tive vontade de te torcer o pescoço, inúmeros foram também os momentos de risos e brincadeiras; lembras quando eras pequeno, aquele monte de carrinhos, ou na praia fazendo caminhos, morros, pontes e espaços? É mas também tiveram os gritos, por vezes estouro fácil, desculpa ai, foi maus! As vezes presença, as vezes ausência. Misto de incompreensão e tolerância. Sabe sou assim variável, inconstante, imprevísivel, porém não sei o quanto isto é bom ou ruim, mas verdade verdadeira, não quero falar de mim não, só queria filho, te deixar um abraço, um tapa na oreia ... Feliz Aniversário.

temos que ...

Temos que ... que ... então, me fugiu a palavra. Volta aqui danada, palavra danada, cantada, falada, escrevinhada. Palavra fugida, evacuada, foragida, bandida? Não, ela é assim mesmo, foge, se esconde, depois reaparece, surge bela, fera, selvagem donzela ... hum, que belas pernas, torneadas, esguias; belas pernas!  Longas como a mentira, se afasta, vai embora ... de fininho, aos pouquinhos, mansinho. Monstro! Monstra! Opostos lados do mesmo ringue, luvas, socos, suor, sangue, loucura! Vai a massa à loucura, festeja, celebra, é sempre festa. Festa política, frase política, palavra política ... mítica ... crítica ... monolítica. Mas a palavra cria pernas, na verdade tem as suas próprias pernas e vai longe, vai distante; até mesmo por espaços desérticos, sertões e grotões. Vai por ai vadia, catando quem pode, cantando quem deve, fazendo sua parte: transmite, revelada, esconde, deturpa, santa, bruxa, carranca e outros tantos ... tantas palavras vadias, desfilando, devorando, sonhando ... palavras e mais palavras, frases e mais frases; o que fazes? O que dizes? Ouvires?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

bisca

Biscate! A vida é uma biscate, atrevida, instigante, inesperada. Se atreve a nos levar pelo braço, olhar alturas e penhascos. Instiga a querer mais e mais, prazeres carnais. Tem tempera, sanguinolenta, passional, virulenta. Vida cria, vida destroe. Constroi, reformula ... massa corrida, lixa e tinta; tá novinha, parede branquinha ou de qualquer outra cor. Tateando pelo escuro, procurando sinal, olhar ou aceno; o barco é pequeno, vaza água e vai naufragando ... nadando pelo mar, a noite, sem luar, sem luz pra avistar ... bisca, biscate, vagabunda ... me afunda na lama, chafurdo, chafurdando na lama, comendo grama; mas não capim e muito menos pela raiz ... quadrada, retangular, ovalada. A vida rola, feito bola rola, de pé em pé, de mão em mão ... pontapé, bofetão ... bisca, biscate, vagabunda!

pornochanchada

Regras do jogo, não gosto delas, não gosto de usá-las. Faz parte sei, mas não gosto quando o jogo é demarcado, território dominado, samba do criolo doido. Parece que quase tudo é assim, nada muito sério, fachada, cidade cenográfica, chanchada ... porno, pornochanchada, avacalhada! Avacalhou geral, balançou a geral, balanço geral; perdas e ganhos. E a pornochanchada? Mulhereda pelada, peito de fora, tanga atolada; pouca coisa, quase piada; cenários pífios, atores toscos, autores líricos. E são assim, as coisas são assim, os valores são menores que os sistemas, procedimentos mais fortes que os elementos, extrito consentimento por escrito ... documento ... documento o que acho, o que perco, o que sigo, desvio ... a rota, a órbita, a rótula ... desvio, o curso do rio ... destrincho o frango no prato, ossos deixo de lado ... esquivo a fria lâmina que miravas em minha garganta, vou seguir por esta mesma linha.

eleição

Gaiola, armadilha, arapuca! Modos nada honestos de burlar os manifestos, panfletos, anseios. Para qual torces? Homem ou mulher, bem ou mal, fez e desfez ... qual, pergunto eu, qual? Ouvimos sambas, xaxados, xotes; exaltando, detonando; alardeando, conclamando ... celebras a vida ou a morte? ès xiita, macumbeiro ou um santo mensageiro, sabes rezar? Não? Melhor aprender, vai precisar, deste jeito vai precisar. Me sinto na idade média, igrejas ditando regras. Puta merda, arrecadam bilhões, consomem trilhões, amenizam a pedofilia, disputam tua alma e ainda mandam na pátria? Assim perco a calma, dispustas alegóricas e anedóticas, metáforas sem memória ... trajetória ... eleição da hora.

salta mais uma

Errei, mais uma vez errei. Troquei pés por mãos, saí catando coquinho ... perdido, feito canino em dia de cambio, mudança, alteração. Sou humano mas mesmo assim me espanto, quantos erros deixados pelos caminhos, atos falhos, mal entendidos ... malditos! Os alvos foram para o infinito, espaços abertos, longínquos ... distantes, farsantes. Farsa-comédia, reza o terço, põe o adereço, me diz teu endereço; eletrônico, anônimo, sinônimo. Errei ao não te dizer, melhor dizer. Errei ao calcular o metro linear, ainda mais no mar. Errei ao acertar teu nome depois de tantos outros proferidos. Errei ao pular de cabeça no vazio, esqueci e fui de barriga ... barrigada, pele ardendo, vermelha, doendo ... pele da cara, cara palída ...
pele de pica, vai e volta, fica ... fica ai parando dando sopa pro azar, que nada, que sopa que nada, vou de cara no jogo, jogo do azar; rolam dados, ops! Números errados, sinal vermelho, estardalhaço. Fatos concretos, abstratos, erráticos ... galácticos ... erros galáticos, imagine errar na posição dos planetas, por estrelas na prateleira, retratos na geladeira. Salta mais uma cerveja, tira ai da geladeira, lá do fundo, mais a esquerda, beleza!

desperdício

Desperdício, a maior das ofensas que o ser humano pode fazer a si mesmo e aos outros habitantes deste planeta, matamos e não utilizamos tudo, derrubamos e queimamos boa parte, pensamos e não damos a mínima; temos a capacidade de planejar, construir e utilizar as mais variadas tecnologias e utilizamos sempre as mais baratas, aquelas mais fumacenta, mais cinzenta, mais sangrenta. A questão vai mais além do ecológico como bandeira sem dono, a humanidade precisa se conscientizar que também ela faz parte do todo, um certo desleixo pode ser permitido, um descaso necessário, mas, arrancar o telhado da casa em dia de tempestade, isso não pode, não pode não! Temos um contexto onde o ser predatório destroe sua própria fonte de vida, e o que pensamos? Pensamos, imaginamos, bolamos; tantos planos, gráficos, pirâmides; que nada servem, pra nada servem. O desperdício deveria ser banido, com isso haveria muito para todos e não demasiado para poucos, muito poucos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

croc, croc

Destemido, quixotesco, bicho ... grilo ... croc, croc ... no ouvido, barulho, eco, zumbido; são abelhas, tambores, zueiras. Arreda pé, arrasta pé; pedreira. Ei, esta pedra não é minha não, sou plebeu e não rei, não desafiei nenhum deus; pelo menos acho que não, pelo menos que eu lembre, mas, nunca se sabe. Abre ai a porta deixa eu dar uma espiada, caramba quanta coisa bacana! TV, vídeo, computador, tua vida parece novela, novela mexicana, bang bang à italiana, cena de cinema. Faz de conta, um faz de conta moderno, onde não escreve no caderno, onde não conversas ao vivo, onde só vemos fotos. Somos fotos digitais, impressões faciais, ciladas virtuais; serei eu real? Imaginário, lendário, estático ... didático, um mestre sem aprendizes ... dialético, ensaio de testes ... involuntário, espasmo elétrico; métrico, estético ... sintético. Na verdade patético, mas não queria dizê-lo, não queria se-lo ... selo, carta, cartão postal; já eram se foram no tempo ... não vejo graça abrir um e-mail.

nua

Quando nua se poe a loucura em tua frente, você se deixa, se projeta, se arremessa de cabeça, cai de cara no asfalto, cimento, muro. São coisas contra as quais nada se pode fazer, maneiras distintas ... facetas ... caretas. Capricha na fantasia, ilusão, invenção; capricha mesmo, mas tira, tira logo! A roupa, veste, carapuça! Tira tudo e venha nua, simplesmente nua. Loucura, não há cura, não tem mesmo; então, desta forma, já que não tem jeito, te abraço, te agarro, te embalo ... a cavalo, de lado, frente e verso. Te falo a verdade, mentira, metade ... de minha vida, meio vivida, meio fingida, a direita ou a sinistra ... vida ... forte, palavra forte, inspira, da vazão, razão e mesmo alucinação ... tesão! Força, suavidade, espasmo, tranco. Me ensina, o caminho das pedras, as formas concretas, abstratas vielas ... deite as velas de teu barco, deite na relva para beber orvalho, deixe meu olhar achar o teu ... eu buscando saber, conhecer, ser!

Brincando

De facto apenas dissertaria palavras, somente escreveria nomes, redigiria sons ainda não disseminados. Isso é tudo! Palavra por palavra, nomes por nomes, sons que se perdem na biosfera ... navega, navega teu barco aflito, por um rio, deserto, nítido; agora imagem, estampa, mosaico. Não! Mosaicos, pois não haveria como produzir, ou melhor: gerar, somente um desenho, serão vários os esboços, inúmeros os rabiscos, diversos traços sem nexo. Sexo, drogas e muito, muito mais, bem além. Não tenho mais limites, preciso ir na frente, pra frente, em frente ...
Enfrente o que te ponho em frente; quebra-cabeça, jogo da memória, brincadeira aleatória, vamos brincar? Amarelinha, esconde-esconde, cabra cega; quem sabe de médico? Nisso era bão, consultei muita filha de vizinha ... deixa de lado, brincadeirinha. Cadeirinha, de balanço, rolimã, gangorra ... não nesta ordem, na verdade sem nenhum ordem. Lá vem o lado anárquico, lutando para surgir, brigando para existir, peleando aos quatro ventos ... nada como uma luta interna, briga de foice, risca-faca, açoite; na mente, a mente ... Semente.
Nasce planta, bicho, gente ... se reproduzem bem estes mundanos ... terrenos ... em terra, mata, janela, sacada. Em todo lado, a todo momento. Serve até de campanha, parece a salvação da pátria, o Mutema da conspiração; mais luta, briga, fuxico, pano. Por debaixo dos panos: grana, poder e fama.
Sei não, talvez seja melhor nem escrever, deixar de lado, não fazer caso; mas continuo por aqui brincando com letras, frases e palavras.