sábado, 31 de dezembro de 2011

3 vivas


Varrendo o chão,

Poeira,

Folhas,

Sal grosso,

Vassoura de bruxo.

Tá pensando o que?

Que ia usar,

Vassoura de bruxa?

Uso não,

Sou bruxo:

Malévolo,

Maldoso,

Maldito ... varrendo,

Pra fora,

Na direção do rua,

Tudo que não quero,

Que não me pertence,

Chuta!

Chuta que é macumba,

Despacho,

Trabaio.

Longe,

Prá longe,

Do ano novo,

Do novo ano.

Tudo que é promessa,

Tudo que é vontade,

Todos que são desejos,

Todos,

Todos mesmo!

Que o dia a dia, seja mais limpo;

Que o sonhar, seja viver;

Desejar ... três,

3 desejos,

3 modelos,

3 morteiros ... vivas,

Vivas o novo ano,

3 vivas!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sinta o cheirinho

Sou boa gente!

Bom,

pelo menos tento,

faço de tudo ... ou quase.

Tudo assim,

dúbio,

ambíguo ... misto,

misto caliente,

quente ... morno,

quase frio,

beira de rio,

curva de rio ... de janeiro,

fevereiro,

logo após,

após janeiro,

vem fevereiro,

carnaval,

inicio de ano,

vamu que vamu.

vuco vuco,

muvuca,

burburinho ... do balacobaco,

mó barato,

de boa ... soa estranho,

barulho,

buzina,

estrondo ... bumbo,

bumba,

bumba meu boi,

boi bumbá ... festejar,

sempre festejar,

sempre celebrar,

mais um ano,

novo,

novinho em folha,

sinta o cheirinho,

cheirinho de ano novo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

fogo de artifício


Quase,

Quase computador.

Comando salvar;  salva.

Comando deletar; deleta.

Ainda pergunta como,

Pergunta se pode ... se sacode,

Poeira,

Levanta poeira,

Arrastando os pés,

Arranhando o chão,

Rosnando,

Feito cão.

Preparando o ataque,

Rompendo o ar,

Meio que voando.

Preda!

Pedra,

No caminho,

Na testa,

Na fronte ... fonte,

Dos desejos,

De energia,

De briga ... motivo,

Forma ,

Conteúdo.

Solido,

Liquido,

Gasoso ... estrondoroso,

Luminoso,

Brilhoso ... fogo,

De artifício.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Festividades


Me escondo,

Jogo,

Participo.

Jogo de pique-esconde,

Pega-pega,

Me encontre.

Estou aqui,

Bem na tua frente,

Até pareço gente.

Bom, o cabelo precisa de pente;

O corpo de melhor forma física,

A mente,

Ah, a mente.

Essa não digo,

Tão pouco repito.

Ausente,

Ta longe,

Distante,

Lá na frente,

Opa!

Falei,

Mas que droga.

Boca aberta,

Falastrão,

Fanfarrão ... fanfarra grande,

Bumbo,

Corneta,

Bateria ... passista,

Já é carnaval,

Já é alegria,

Festividade,

Celebração.

domingo, 18 de dezembro de 2011

um lance

Quase te seguro,
pela cauda,
pelo rabo;
escapou-me aos dedos,
de fininho.
Escapuliu!
De mãos abanando,
fiquei;
a olhar no vazio,
me vi;
a falar sozinho,
aos quatro ventos.
Que vente,
que o ar se esquente,
água desabe,
fogo consome ... degredando.
Construímos,
consumimos,
descartamos,
usamos;
tudo!
Tudo ao seu alcance
e mais ainda,
um pouco fora,
fora de alcance.
O mundo quer outra chance,
quero outra chance,
façamos um lance.

1+1=2

Como peneira ...
permeia;
corpo,
mente,
alma ... pensamento.
Que flui,
vem de dentro,
quase elemento ... unguento,
pra todos os males,
para todas as horas,
horas que passas,
horas que vazas ...
do mundo,
meio que foge,
desaparece,
transcende ... transmite,
ondas,
dígitos,
imagens.
Imagens uno ocular,
somente vista,
no buraco;
no buraco da fechadura,
da agulha,
desta largura.
100 metros de diâmetro,
150 de sensação métrica ... aritmética:
um mais 1 é igual a dois!

sábado, 17 de dezembro de 2011

fuga em massa

Não brinque assim comigo não.
Não se iluda,
a vida não é feita de ilusões;
me de a mão,
o pé,
o joelho,
tudinho;
quero tudinho.
Mãos, anéis.
Faces, verdades.
Meias ... metades,
de laranja,
melância,
morango ... strawberry,
gosto de,
de strawberry ... morango,
pingando no canto da boca,
lambendo,
lambendo com a língua
e não com os olhos.

Não brigue assim comigo não.
Sou guerreiro,
ligeiro,
matreiro ... golpe baixo,
se preciso,
bem baixo,
abaixo da linha do Equador,
meridiano,
coordenadas,
alvo localizado ... disparo!
Missil,
foguete,
teleguiado.
Destruindo,
dinamitando,
poeira levantando ... cortina,
de fumaça,
fuga em massa,
ligeiro pra casa.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A chance.

Nem creio,
que no futuro,
alguém possa entender.
Saber,
conhecer os meus sonhos.
Entender,
compreender os meus signos ... símbolos.
Qual tribo?
Quão nomade?
Onde?

Tambores,
sanfonas,
metais,
cordas ... se enrola,
na própria corda ... se enforca;
na cauda,
no rabo de saia,
de arraia ... rabo de arraia;
arranca toco,
bagunça.

Faz festa,
festeja,
celebra ... nova era,
fase nova,
quem sabe?
Quem sabe não da certo,
não vira algo sério,
negócio,
comércio,
serviço.

Faz ai teu serviço,
trabalha,
nem pensa,
trabalha!
Pode até fazer graça,
pode até achar graça.
Não se engrace,
não se lance,
pode ser a chance.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

na vida

Porra louca,

pouca coisa ... caso.

Pouco caso ... faço,

faço pouco caso,

deixo de lado,

num canto ... abandono.

Abandono facinho,

nem penso,

nem raciocínio ... repentino.

Derrepente,

feito repentista,

falso artista,

falo como autista ... perco de vista.

Fica pra trás:

porto,

gente,

cidade ... verdade;

digo a verdade,

meio que palavras ... metades;

meio que silêncio ... vontades;

meio querendo,

meio em silêncio,

meio que sonolento ... fui,

fui como barco,

navegando,

flutuando,

boiando ... ao sabor,

ao sabor da correnteza,

da maré,

dos ventos ... barco,

barco de papel,

solto na enchurrada,

catarata a baixo,

rio a cima ... na vida.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

mesmices

Quero-quero tá lá ...
grasnindo,
gritando,
querendo.
E continua:
querendo,
gritando,
grasnindo ... quaaaa, quaaaa!
Quanto barulho faz,
abaixa,
abaixa o volume,
da um descanso pra audição;
escuta.
Ouve outro pássaro,
outro ser vivo,
deixa,
deixa o quero-quero querendo,
que queira,
quem pensa ser ao ficar assim querendo ... querendo
e mais querendo,
meu,
tudo meu.
Até o som,
o volume,
o grasnido,
o querer ... tudo eu,
somente eu,
sentado num fim de tarde a imaginar bobagens,
pensar tolices,
escrever mesmices.

sábado, 10 de dezembro de 2011

porfa!


A poeira baixando,

Até já da pra ver,

A luz,

Luz no fim do túnel,

Opa!

Pula fora,

É o trem,

Que vem,

Vem voando baixo ... zunindo.

Passa,

Passa de raspão,

Até tinta,

Tira.

Objeto em movimento,

Objeto em repouso,

Descanso,

Na rede ... na net;

Navegando,

Buscando:

Um sonho,

Vários desejos,

Inúmeros segredos ... pseudos.

Pseudo segredo,

Pseudo nome,

Falsos pronomes ... pormenores,

Por menores que sejam,

Por maiores que imaginemos,

Por favor,

Porfa!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

4.9

Ulálá ...saravá,

4 ponto 9,

tinhas tempos,

que achava,

que não chegaria nesta idade,

coisa besta,

falta de experiência.

E vai,

quase meio século,

mas não quero chegar no inteiro,

prefiro estar inteiro,

rindo de nossos defeitos,

sorrindo pra nos mesmos,

nem que seja de qualquer jeito:

caminha,

rola ... ladeira abaixo,

carrinho de rolimã,

zunindo,

faiscando,

baixo voando ... curvando,

derrapando,

rodando ... pneu,

roda;

gira,

gira pra cima,

gira pra baixo;

vou que nem macaco:

agarrado.

agarrado num cipó,

num rabo de saia,

num rabo de arraia ... vamos festejar,

vamos celebrar,

sempre,

sempre celebrar ... Gracias!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

do not disturb

Ligeiro,

certeiro;

tiro,

tiro certeiro,

bem no meio,

em cheio ... enchendo,

vai enchendo:

bolso,

bolsa,

saco ... que saco ... vazio,

não para em pé,

já diz o ditado,

palavreado,

falado,

falado de boca em boca,

falando pelos cotovelos,

não tem jeito,

meio sem,

meio sem jeito,

quase trejeito ... quase sujeito,

da oração,

da ação,

da objeção ... por obséquio,

por favor,

please,

do not disturb,

não perturbe,

não enche o saco!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

nada mal

Gente,
diferente ... semelhante,
pensa,
pensa que é gente;
reres ser vivente.
Não,
não penses,
que sou diferente;
sou não,
sou sim:
indiferente ... tanto,
faz,
fez,
fará ... importância;
nem me importo.
também não exporto,
diria que contorno,
o cabo da boa esperança,
a curvatura da terra,
virando esfera.
Vamos lá,
mexa-se,
posicione-se,
apodere-se ... do metal,
vil,
daninho,
mortal;
metal.
Que tal?
Etc e tal.
Nada mal,
de mal,
do mau.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

corta até mesmo

Sanguinário,
malvado,
corsário ... bucaneiro,
pirata.
Faca atravessada na boca,
invade,
saqueia,
ateia ... fogo.
Joga lenha na fogueira,
gasolina nas chamas;
quem me chama?
Ouço mais não compreendo,
surdo,
cego
e mudo ... falando pelos cotovelos,
escutando todos desejos,
olhando ... simplesmente olhando;
observando.
Vendo onde piso,
tem que ser o pior terreno,
assim,
desta forma,
deste jeito:
me soam melhor as conquistas.
Não me contento com facilidades,
não me detenho com futilidades ... direto,
direto ao ponto, ponto e vírgula;
maldita língua,
lâmina precisa ... corta,
corta até mesmo,
a língua.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

aparvalhado

Hoje,
não vou escrever,
não tô afim não,
sem palavras ... aparvalhado ... estabanado.
Como elefante,
em loja de cristais;
como gigante,
em uma terra,
terra que habitam meros mortais,
como sempre banais:
em suas regras,
suas exigências,
ordens.
Meia volta, volver!
Vuelve!
Venga ca,
ca pertinho,
vou lhe contar,
contar um segredo,
desses cabeludos,
tipo igual novela ... ápice ... cume da trama;
que entre os reclames:
nossos comerciais, por favor?
Compre,
troque,
escambe ... esculhambou ... escambaú,
vai tudo pro escambaú!
Pelos ares,
mares,
muito mares ... tantos lugares,
pra conhecer,
mas não conquistar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PONTO & VIRGULA

Questionável,
de certa maneira ... questionável.
Um ato ... segundo ... terceiros ... tantos;
peça,
apresentação,
exclamação.

Várias coisas,
uma só,
uma só coisa a se representar;
feito, já feito:
malfeito,
benfeito,
de qualquer jeito,
com defeito ... vim com defeito,
avariado,
quebrado.

Pior,
sem peças de reposição,
nem usadas,
nem roubadas,
nem usurpadas ... uso capião ... uso do pião.

Se acabar, vai acabar.
Continuar, detalhe a acompanhar.
Ai penso;
que quis dizer?
Pra falar a verdade não sei.
Não sei mesmo,
ponto e virgula.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

planando

O tempo ...
se repetindo ...
tac, tac, tac.
Relógio de um só,
sonido,
sem tic.
Apenas tac.
Não passa!
Hoje o dia não passa ...
devagar,
quase parado ... fim de ano,
Vem ai outro,
outro ano ...
novo,
novinho ... zerinho.
Tinindo,
tem que ser tinindo.
Fluindo,
tem que ser fluído.
Crescendo,
precisa ser crescente.
Quem diria,
esperar assim um novo ano ...
sem grandes planos;
apenas sobrevoando ...
planando.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

pedala.

Ansiedade,
doido para já dar o próximo passo.
Calma seu moço ... calminha.
Agora não é hora de pressa,
basta apenas aguardar,
aguardar o desenrolar,
desenvolver de acontecimentos.
Fazer?
Não mais,
já foi feito,
já ta feito.

Curiosidade,
de ver logo o que esta vindo,
será que a sorte vai sorrir?
Espero que sim,
espero mesmo.
To meio cansado,
de sorrisos amarelados,
meio de lado,
desbocado.

Espectativa,
não ia dizer,
mas disse.
Sim, porque não?
Na espectativa ... sempre,
sempre assim na espera,
na banguela,
de magrela ... pelada,
ops,
ia dizer: pedala!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

bate & pronto

Novo email,

clicando,

abrindo,

preparando ... mensagem,

informação,

confirmação;

foi?

Não foi?

Porque?

Não tem desculpas,

não tem escusas,

não tem não.

E la vai,

enviar ... mandar ... comunicar.

Facilidade,

modernidade,

conectividade ... globalidade ... em segundos,

do outro lado do mundo,

rápido,

quase instântaneo,

misturou,

tá pronto;

enviou

e pronto ... bate-pronto.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Zé nenguém

Nem ...

nem te digo:

O dinheiro sumiu,

foi-se em lombo de jegue,

em camelo,

em caranga ... porta-malas;

surgiu,

apareceu junto ao mala,

o mala mais procurado,

e ninguém viu.

Tava assim,

quase de presente,

só faltou laço,

só faltou embrulho ... era entrega.

Daí,

veio outra gente,

meio que por sorte,

meio que por azar ... interceptou,

parou no meio do caminho,

e o negócio melou.

Outra armação,

apenas parte da ação,

do jogo,

da brincadeira ... de bandido ... de mocinho.

Do mesmo jeito,

igual quando era criança,

farsa tosca,

circense,

de esquina ... dos faróis.

Holofotes da polícia,

da mídia,

das casas mais ricas ... iluminam, expõem, encarceram ... zé nenguém ... mais um zé ninguém;

e os peixões?

domingo, 13 de novembro de 2011

bufão

Mea culpa!

Admito,

digo

e repito.

Culpado,

mas sem culpa,

sem culpa nenhuma.

Sou assim,

facetado,

lapidado,

moldado ... em vários lados,

múltiplos,

muitos.

Mas desta forma,

desse jeito,

sou aqui,

junto as palavras,

junto a rimas,

imerso em verdades e mentiras.

Ficção ... luzes, câmera, ação.

Lhe digo,

que gosto de escrever,

simplesmente assim,

ato que me leva distante,

mundos imaginários,

personagens encantados ... protagonista errante,

que erra,

sempre erra o alvo,

sem nenhuma intenção ... predisposição.

Fanfarrão,

um reres fanfarrão ... bufão.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Muitas


Bêbido,

Embriagado,

Emborrachado ... pleno jueves,

Quem diria,

Quem poderia falar,

Mencionar?

Da boca pra fora ... palavras,

Meras,

Sinceras,

Perversas ... versas,

Versos sem sentido,

Falas sem destino,

Favas em qualquer  cantinho,

Me veja as plantas,

Plantadas de qualquer jeito,

Jogadas assim esmo.

Largadas ... avenidas largas,

Por onde passam  veículos velozes.

Somente moda,

Modismo,

Futurismo ... pensemos no amanha,

O que serás você?

Quem serás você?

Como será querer?

E muitas,

Muitas perguntas, questões, indagações ... muitas

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Quase acreditando.

Sou gigante;
em um mundo maior que eu,
bem eu sei.
Minhas passadas cobrem distancias,
que nunca imaginei,
vão longe ... bem perto,
ao alcance,
das mãos,
um toque ... toc toc;
noc noc;
janelas,
portas,
céu ... azul,
azulzinho,
e eu?
Já perdi o caminho,
me perdi no caminho ... a caminho;
indo,
sempre,
sempre indo ... nunca voltando.
Pelo menos nunca igual,
um pouco diferente,
um tanto indiferente ... crescente,
vou aumentado,
de tamanho,
de vivência,
em inocência;
quase criança ... quase acreditando,
quase quase,
por um pouquinho,
um tantinho assim,
por um triz.

sábado, 5 de novembro de 2011

acaba rindo da própria cada


Mundo meu.

Não, não é não;

É não.

Dos espertos,

É dos espertos,

Em parte dos expertos ... famigerada,

Mesquinha Lei de Gérson;

Sempre vantagem,

Sempre na frente ... por cima,

Da carne seca,

Da gente seca ... que resseca ... a mente ... ressaca,

Dor de cabeça,

Mal estar,

Vomito ... Põe pra fora,

Tudo,

coloca tudo,

Nada deixa nada escondido, muquiado.

Joga no vento,

No ventilador,

No condicionador ... de ar,

Refrigerado ... congelado,

No tempo,

No espaço,

Em um orgasmo ... êxtase,

Gozo.

Gozando a vida,

Gozando a cara ... gozando,

De você mesmo;

Mas, sem exagero,

Senão vira piada,

Acaba rindo da própria cara.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

nada sei

Feriado,
dia de branco,
no meio da semana,
segunda sexta-feira;
beleza!
Festeja,
enche a cara,
namora,
da mole ... só de brincadeira.
Deixa,
deixa a euforia tomar conta,
faz de conta.
Faz de conta,
que tudo é bonito,
que tudo é possível,
que tudo é,
tudo aquilo que pode ser,
nem mais,
nada menos;
mesmo.
não estou mentindo,
pelo menos não agora;
em outros momentos,
já é outra história.
Nem vem,
não contar agora,
já me calei ... silenciei ... nada sei ... sei não.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

nada de mais

Isso não vai ficar assim!
Muda mesmo,
muda sim ... pra melhor ... pra pior;
quem sabe?
Faz parte,
parte da vida,
uma característica,
uma nuance ... lance.
Mas que bom,
pode considerar,
entre tantas as coisas,
as possibilidades:
variadas,
múltiplas,
inúmeras ... que se apresentam,
fazem presença,
aparecem e desaparecem.
E vão,
com o coração ... batendo,
bombeando,
movendo.
Fluxo constante,
sem parada,
sem estação ... nem trem,
nada enfim,
nada.
Nada mais a dizer.
Nada mais a comer.
Nada de mais,
apenas viver.

sábado, 29 de outubro de 2011

nem sei o que?

Por vezes,

muitas vezes ... maldoso ... non sense.

Por querer,

sem querer,

assim igual,

sem sobressaliencias ... saliencias.

Rebarbas de fato,

algo mais mal acabado ... fardo,

dom,

quase bom ... quase ruim,

misturado desta maneira,

questão sem direito,

sem esquerdo.


Um mundo,

um mundo inteiro,

inteiro para olhar,

ver,

enxergar ... mas não!

Persiste no não sentir ... persiste.

Empaca feito mula,

silencia tipo mudo,

calado,

sombrio,

soturno.


Turno,

returno ... continuo,

continua.

Toca música,

gente fala,

grita,

festeja,

celebra ... e nem sei o que?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Banal

Duro osso ... roer;
utilizar o maxilar como ferramenta a mastigar,
mitigar em partes,
diminuir em pedaços ... os percalços.
Pés quase descalços,
roupas aos farrapos,
cacos ... de vidro ... espalhados ... quebrados,
foi-se o vaso,
a jarra,
a taça.
Espesso ar ... respirar;
entra e sai,
vai e vem ... alimentando,
mantendo,
expelindo,
limpando.
Denso pensar ... imaginar;
criar mundos,
pessoas,
coisas ... sonhar.
Sonhar sempre com o daqui a um segundo ... futuro.
Tempo não existente,
diria mais: inexistente,
pelo menos no presente.
Coisas dimais.
é dimais mesmo.
Coisas diversificadas que fazem dispersar,
que se tornam em parte vulgar,
cotidianas,
corriqueiras ... habituais,
banais.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

aparte

Quase perfeita ... vida.
Será?
Ou seremos nós que insistimos em utopias?
Em sonhos irrealizáveis,
em desejos infindáveis,
ensejos intermináveis ... mais e mais;
sempre mais;
uma roupa,
um carro,
uma casa ... acumulando;
milhas,
riquezas,
conquistas ... colecionando;
figuras,
vitórias,
garrafas vazias ... possuindo;
pessoas,
coisas,
mobília ... móveis ... imóveis;
à mercê do tempo,
a favor dos ventos,
contra a maré ... se afogando,
se debatendo,
feito peixe;
peixe fora d'água ... nadando,
andando,
caminhando,
correndo ... fugindo,
da realidade,
da idade,
da verdade ... meia,
meia verdade,
inteira,
pela metade ... uma parte,
um aparte,
apenas um aparte.

Quase perfeita.

Pequenas coisas,
que fazem ...
sorrir,
chorar,
amar,
odiar.
Ínfimas partículas,
que constroem ...
seres,
mundos,
universo,
tudo.
Sementes ...
caindo na terra,
brotando,
crescendo,
vivendo,
morrendo.
Vida ...
que nasce como sol,
se poe como lua,
brilha como estrela,
aquece feito fogueira ... bota lenha,
taca gasolina,
incendeia;
mais o menos,
quase perfeita.

sábado, 22 de outubro de 2011

que sacanagem

Um instante,
mero,
pequeno,
insignificante.
Tempo ... parcela de tempo,
ponteiro,
certeiro,
quase infalível ... inflamável ... combustível.
De primeira,
batizado,
aditivado.
Produto pirateado,
falsificado,
contrabandeado ... farinha de mesmo saco.
Tutte buone gente!
Coisa nossa,
tal corrupção,
que se infiltra,
que se ramifica,
que desqualifica ... celular em prova,
o álcool que mata,
ministro que rouba ... todos:
níveis,
posições,
nomeações ... apresentações,
que levam,
vantagem em tudo,
puta sacanagem.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

To di mau!

Martelando ...
dedos.
miolos,
neurônios.
Novamente acertei meu dedo;
em cheio!
Na verdade to é cheio,
no limite.
Olho em volta
e vejo muito;
que não queria ver,
não queria mesmo:
mortes,
vidas,
nascer,
morrer.
Vai assim o dia a dia,
sendo ... passando.
Quando vemos,
o que passou foi o tempo,
seu tempo,
meu tempo ... relógio não anda lento,
anda apressado,
a passos largos,
ligeiro.
To assim: di mau,
to di mau!
Não me leve a mal ... pensando bem,
leva sim.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

etc & tal

Vergonha;
tem hora que se apossa do ser ... vergonha.
Um certo pudor ... arrependimento.
Daquela gafe falada,
arte pensada,
coisa estragada.
Se perde,
acabou,
foi embora ... cabo.
Não tem mais carinho,
nem beijinho,
di ladinho ... foi de quina,
bem na canela,
doeu à beça,
feito chute,
chute no saco ... eggs.
Estalados.
Doí pra caralho.
Carvalho ... que diabos são estes versos?
Vergonha,
vergonha de dizer,
de falar ... falei ... falhei ... etc e tal.

malescrito

Hoje,
não vou escrever;
tô sem ideia,
tô sem vontade,
tô meio fora de sintonia.
Como rádio chiando por estar fora de estação ... chhhh.
Sei fazer o barulho não,
sei não!
Que estranho,
lembrar qual o barulho
e não saber imitar .. anarfa;
abafa;
abafa o peido,
abafa o gemido.
De um extremo ao outro,
num segundo ... estalo de dedo.
Um clic,
um clac,
um cloc.
Croac, croac!
Ta vendo;
era melhor não ter escrito, bem melhor.
Mas agora é tarde,
já foi,
já foi escrito, escrevinhado ... manuscrito ... malescrito.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Gift

Não, na verdade não encontrei não.
Pensei que tinha sido,
por instantes,
achei que sim;
mas não era.
Alarme falso,
boato ... verdadeiro ou falso?
Nem um,
nem outro.
Nada disso,
foi chiste, um simples chiste.
Sorris?
Isso por que não é contigo,
ficou de fora,
não deu nem bola ... olhou,
pra tudo que é lado,
menos pro meu.
Já foi,
agora já foi,
é passado ... a limpo, passado a limpo.
Vamos ver,
quem sabe,
quem pode saber ... é futuro,
pode ser futuro;
pode!
Mas não ta agora,
não é presente,
não se faz presente ... gift,
quero meu gift,
não importa que não seja aniversário,
passa prá cá,
me de.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sem exceção

Tem hora que vem o medo,
assolar os pensamentos,
geralmente projetam futuros,
processam imagens,
programas alterados.
Mas vou!
Em frente, sempre.
Ponho a cara na frente,
que sabe vem um muro,
abismo,
caminho.
Caminhando vou,
logo ali na frente tem gente:
que le parece?
Muda de rota,
pois é colisão eminente ... minha gente;
é bola na trave,
é tiro a esmo,
são pelotas de dinheiro ... chuta,
manda pra diante,
é gooooooollllllll!
De letra ... cambial,
financeira,
ilegal.
Não,
é legal,
grana pra todo lado,
roubo desgovernado,
corrupção de uma nação;
todos,
sem exceção.

faz falta

Pessoa ... má;
sei disso,
sei de minha maldade,
de minha crueldade.
Devo pagar?
Como?
Dinheiro?
Pena?
Penitência?
Consciência?
Como valorar?
Eu mau,
mais o menos,
não sou letal,
não sou metal ... mental,
apenas isso,
penso ... logo existo,
num mundo que inexiste,
num tempo que se move lento,
devora lento ... lentamente comendo:
uma perna,
outra,
um braço,
a cabeça ... mastigando,
como se fosse folha,
salada,
uma salada ... bem elaborada,
azeitada,
temperada,
preparada;
para a pessoa gostada ... numa sacada,
quase dava pra ver a praia,
quase dava pra voar sem asas ... faz falta.

sábado, 15 de outubro de 2011

por qué no te callas?

Agora é minha vez,
Deixa que eu falo.
Por qué no te callas?
Cala a boca para de falar,
Não diga mais nada,
Não quero escutar ... olhos, ouvidos, boca.
Tudo tapado,
Tudo fechado ... close, trancado.
Lhe digo então:
Que um dia,
Quem sabe,
Posso algo diferente ocorrer,
Quem sabe bem próximo,
logo ali,
na frente.
Não sou vidente,
nem adivinho,
apenas acredito.
Acredito em algo,
Poxa que estranho,
Sempre fui alheio.
Ao tempo, aos elementos, à existência;
Tanto fazia,
Que diferença faria ... obteria:
Valores,
Conhecimento,
Poderes?
Todos?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

besteira

Caçoo,
de mim mesmo,
assim: a esmo.
Como diria mesmo,
aquele velho ditado ...
caramba!
Não lembro de nenhum agora.
Complicou,
deixa eu ver o que consigo,
que tal mudar o tema?
Sim, vamos falar de outra coisa;
que tal curiosidade?
A curiosidade matou o gato.
Ops,
temos ai um velho ditado,
coitado do gato,
pagou o pato ... caiu de pato,
na lorota,
na estória ... anedota ... me gusta anedota,
conta aquela do mambira safado.
Que nada,
conta não,
não faço questão não,
vai que troco,
as mãos,
pelos pés
e fico de ponta cabeça,
plantando bananeira ... que besteira,
ou será asneira?
Quem sabe baboseira.

pergunta

O que preciso,
e não necessito,
is the question.

A mesma pergunta,
nem sempre a mesma resposta,
instantâneamente ... diferente.

Qual era mesmo a pergunta?
Já não lembro,
já não penso,
sustento ... nos ombros:
decisões,
pensamentos,
atos ... insanos,
por vezes,
fases,
realidades.

Fisionomia,
aparência,
eloquência ... aguenta.
Aguenta firme,
mais que rocha,
mais que tábua ... não afunda,
flutua.

Mas e a pergunta?
Ficou lá em cima,
meio perdida, deslocada, sozinha.
E as respostas?

Estas?
Estão por ai,
em qualquer lugar,
em qualquer pensar ... sorrir.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

não vem não.

Silencioso,
caminhado,
pisando em pedras,
escorregando ... escorregadela.
E lá se foi,
chão.
Alcançou o chão,
dali não passa.
Levantou,
bateu poeira,
saiu meio zureta;
dando pirueta,
salto mortal,
rindo que nem besta.
Tendencioso,
espreitando,
pisando em ovos,
estatelando ... estateladela.
Escapadela,
saída,
pela direita ... rápida,
feito foguete,
desenho,
ricochete ... bate e rebate.
Vanglorioso,
opa,
essa é nova.
Palavra,
situação,
conotação.
Oh não!
Outra repetição,
mesma situação ... digo não!
Desta vez digo não,
não vem não.

no dedo

Acertei!
O dedo,
com martelo,
certeiro.
Que dor,
veio em seguida,
enxurrada de palavras:
adagas,
pontinhos,
espirais,
barras
e muito mais.
Chingamentos,
palavrões,
maldições;
pra quem não entendeu.
Quer que desenhe?
Desenho não,
sem chances,
sem perdões.
Lateja o dedo,
vejo estrelas,
que dor.
De cotovelo,
de joelho,
não!
De dedo,
meu dedo,
meu querido dedinho,
acachapado por um instrumento ... de precisão.
E olha que nem mirava o dedo,
era outra coisa,
nem lembro ... mas foi no dedo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

reclama não.

Algumas ideias ... perdidas.
Em meio aos aleatórios ... acontecimentos,
Esperados,
Ao acaso,
Desesperados,
Sarcásticos.
Como piada de mau-gosto,
Suja,
Sem graça.
Conta ai a sua,
Conto aqui a minha;
Não ria,
É verdade,
É mentira ... ficção ... ilusão.
São.
Serão.
Melhor mesmo deixar de lado,
Quieto num canto ... num quarto ... silêncio;
Te escuto falar baixinho,
Te entendo por brigar comigo,
Mas sou assim,
Não vou mudar,
Na verdade nem quero tentar,
Não adianta reclamar,
Blá,
Blá,
Blá.

sábado, 8 de outubro de 2011

risca-faca


Um plus a mais!

Sim, isso mesmo!

Do mesmo modo,

Que a tempos vem acontecendo,

Infiltrada ... metástase,

Metades de que?

Partes de quem?

Pra onde?

De onde vens?

Não!

Não, não me digas;

Deixo que eu mesmo digo,

E repito ... mais uma vez,

De novo!

Inúmeras vezes,

Quem sabe pra sempre;

Infinitamente ... uma mente,

Que pensa,

Imagina,

Se alegra,

Se entristece ... uma prece,

Uma reza,

Um pedido ... quem sabe embrulho,

E o que há dentro?

Uma bomba,

Uma arma,

Uma vida;

Várias vidas,

Em risco,

No risco,

Risca de faca,


risca-faca.