domingo, 23 de janeiro de 2011

Minha fruta

Me ignore,
Finja que não existo,
Faz de conta que dei sumiço,
Fui na esquina comprar algo, um cigarro, uma cerveja, quem sabe Fanta;
Ai então ninguém mais viu ... sumiu ...
Sumiu na massa, multidão, gente de montão, ai pelo mundo.
Rodando,
Andando,
Pisando firme no solo, pisando forte no gramado.
Mais dois passos,
Um tempo a mais a frente, em frente ... enfrente,
Enfrente de frente, coragem, determinação, imaginação.
Imagine a vida, como se fosse uma linda manhã,
Sol, luz, calor energia;
Sinta a vida.
Determine os seus limites,
Mesmo que sejam infinitos,
Mesmo que sejam do tamanho do mundo,
Mesmo que sejam ínfimos.
Coragem, regra básica de lidar com o dia a dia,
Forma cômica de ser, existir, seguir.
Tão pouco, tão distante.
Quão louco, quão irônico;
Sonhos,
Ilusões,
Reflexões ...
Racional e animal,
Pensamento turvo ... maduro,
Um fruto ainda na árvore,
Um fruto ainda proibido,
Fruta proibida,
Minha!
Minha fruta proibida.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

se preciso, minta.

Energia positiva!
Hoje seremos esotéricos, mas sem excessos,
Apenas comento,
Falo,
Digo:
Preciso de energia positiva,
Precisa ser muito não,
Um bocadim basta,
Não preciso muito,
Uma parcela.
Quem sabe ela seja minha,
Minha fatia ... do bolo, da pizza, do jogo ...
Talvez seja ela!
Não que esteja a procura,mas se pintar tá de boa.
Boas ... novas, atitudes, pessoas ... boas, boas novidades.
As novidades, boas, loucas, vazias;
Fazem parte da vida,
Sem elas que graça teria?
Como seria?
São pontes para o futuro,
Ligações clandestinas,
Imitações furtivas,
Ilusões perdidas ... soa vida, soa!
Soa pelos poros, axilas, narinas;
Se esvaia em liquido,
Se espalha como erva daninha,
Se distraia, ria, sorria ... brinque, ilusione, se preciso minta,
Se preciso, minta.
Mas somente algo necessário,
Não de qualquer jeito,
Não a qualquer hora,
Apenas se for preciso.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

vai que liga

Aqui eu,
em meu office,
oficina,
escritório,
bureau ... garagem.
Trabalhando,
árdua labuta esta de buscar palavras,
de achar rimas,
de esquecer a armadura ... medieval ... quase original.
Pouco rodado de fato, um achado ...
artefato a tempos usado ... clausura, desconforto, loucura.
Melhor apertar uns parafusos, umas porcas;
bichos, aves, peixes e anfíbios ... sapos e pererecas ... prefiro pererecas;
de lado, por cima, por baixo;
bichos por todo lado ... trás da moita, ditrás da árvore, no meio do mato ...
ato!
Ato e desato, o nós que apertam a garganta,
as mãos,
os pés ... nós.
Cegos, de marinheiro, de escoteiro, sei não tudo isso,
meus nós são assim, de momento;
me enrosco,
me envolvo,
me enfronho ... em meus nós ... corda no tornozelo, no pescoço, no esboço ...
olha o tranco seu moço, vai que pega, vai que liga.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

falar vagabundo

Estava eu transcrevendo alguns textos antigos para outros espaços, bom somente como detalhe: esse negócio de transcrever textos antigos é um saco, mas deixa pra precisa ser feito; focus, focus ... hocus pocus ... voltei por momentos ao passado, imagens antigas, uma outra pessoa, uma outra figura, cabeça e vida; outra pessoa. Crescemos, viramos gente, pessoa, uno, ser ... ou não ser, já dizia o eco distante: ser ou não ser, eis a questão! É, questão ... pergunta ... questionamento. Y la pregunta és? Qual tem nome, endereço, telefone; diz ai aonde moras, qual e telefone e a que horas; diz pra mim a quens blasfema, vocifera, berra. Me diga pra mim! Já ouvi frase assim, até piores também, este texto então não tem pé, nem cabeça, não tem certeza, não tem presteza ... y la pregunta és? Voce já teve uma conversa de loco? Aquelas assim: sem meio, sem começo e muito menos sem fim? Fica de certo modo transitando, fluindo, voando ... sem forma, sem conteúdo ... sem hora, sem minuto ... sem tralhas, sem regras ... falar vagabundo.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

tchibumm

tchibum!
entre uma tormenta, água até os joelhos e indicifráveis impropérios,
lá sei foi o rádio em um mergulho lamacento,
creio que foi até falando,
meio que se afogando ...
se foi também a teve, não aqui, mas de outro lugar,
foi também a cama, geladeira, a mesa e todas as cadeiras,
na verdade, foi a casa, inteira.
com gente, mobília, roupas e vidas,
foi devassa,
foi errática,
tática.
morro abaixo,
mais um fato de jornal, noticia de jornal nacional,
noticia de jornais internacionais ...
tchibumm!

vai cachorro atrás

olhos,
espreitam,
olham;
silhueta esguia,
moça-menina ... dengue, fogo, ardor.
a juventude em plena chegada,
traz consigo mudanças,
alterações,
relances;
um fogo,
chama,
faísca ... incendeia, bota fogo na aldeia ...
global,
total,
sem igual.
lugar bacana, pra quem tem grana;
local de fama, fortuna e forma;
me informa ai as ultimas noticias,
sim, as mais novas, as do dia.
lá vai ansiosa, até parece uma cadelinha ... no cio.
e vai cachorro atrás.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

chôôô!

por momentos me vi triste,
depois de um longo dia,
um momento de repouso e bang!
lá veio a tristeza invadir meu ser,
não sei bem,
não foi tanto pelo dia, apenas lutei ...
contra o tempo,
contra o clima,
contra as horas incertas de mais um dia;
não!
não foi isso!
com certeza não!
foram mais as palavras,
palavras de reclamação,
de danação,
de solidão ... que pena.
que pena o dia não ter continuado em batalhas,
guerreiro cansado não desiste,
mesmo assim não resiste;
que venham raios, trovões, chuva de montão;
que venham falar de horas, de compromissos, de lorotas;
que venham pois não me abatem, não me abaterão.
mas não ousem utilizarem da tristeza,
essa não faz parte de minha vida,
essa não aceito,
essa não é do meu jeito ... chôôô!!!!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

a sós

flui água ... torrente, gotas, vertente,
água limpa, turva, barrenta ... água,
fonte de vida, juventude ... fonte da juventude,
por esta nem Pizarro ... esperava,
enfim encontrada e por debaixo das narinas,
hummm,
sinto cheiro de latrina,
deve ser este texto,
mal escrito,
mal definido,
mal dito ... finito,
se vai apenas no espaço,
não!
sideral, não!
virtual, imaginário, mítico ... prefiro satírico,
sátiro,
bufão,
palhaço ... mágico.
como magia se desfaz no primeiro contato,
bruxaria ... ficar no ar pairando, como nuvens ...
como luas ...
estrelas, sóis; a sós.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

de plástico

Muitas coisas ainda sem lugar,
Outras tantas fora ... no corredor, debaixo da cama, na varanda.
É, vão demorar,
Vão ficar em qualquer lugar por bom tempo,
Um par de meses,
Um sexto ... cheio de uva, abacaxi, acerola e manga,
Comidas,
Perdidas,
Por aves consumidas;
Terra vida,
Mãe menina,
Variadas manias,
Basta conhecer,
Basta sentir,
Apenas sorrir.
Sorrir pro mato, que cresce, verde ... floresce.
Sorrir pra flor, que aninha em seus braços aves, insetos ... beleza do dia.
Sorrir aos céus, como forma de agradecer, como forma de aprender,
Que os instintos estão na flor, da pele, dos pelos.
Fera que devora, brincar, faz chacota,
Pula,
Da cambalhota,
Veste botas ... de borracha ... galochas.
Na água caminha, não acima, apenas curta camada.
Nem um palmo,
Nem cinco dedos,
Talvez dois dedin,
Dois dedin de prosa,
Palavras,
Dois dedos de palavras,
Seis cestos,
Muitos receptáculos ... de plástico.