Na minha.

De lá

pra cá

andando

daqui

pra acolá

...

andando

sem parar

feito bicho

na jaula

feito fera

pronta

pra atacar

arrancar

arrancar com os dentes

um pedaço

pedaço de carne

ossos

sangue

...

fera

...

que nada

vou mansinho

cordeirinho

pronto

para cair

nas presas do lobo

melhor loba

afinal sou espada

prefiro fêmeas

não

não se irrite

fique calmo

fique calma

fique

na sua

que eu

fico na minha

hoje em dia

não tenho contra

somente a favor

e nada

nada contra

nada mesmo.

De ... em prosa.

E eu
Aqui
Ouvindo música
Sons
Palavras
Palavrões
Basta alguma coisa
Para o start
Início
E vai
Vão
Vem
Um turbilhão
Um monte
De emoções
Umas novas
Outras velhas
Antigas
Diria ao certo
Das antigas
Milenares
Centenárias
Old
Máquina
Velha
Falhando
Pipocando
Espocando
Esporrando
Gozando
Na cara
De tua
Cara
Na
Cara
Do que espectra
Olha
Assiste
Apelou
Apelação
Banal
Banalização
Banalizou
O sexo
A palavra
Versiculou
Versículo
Verso
Te deixo aqui
Um
Verso.

Isso

Pela estrada
Que vou a fora
Rodo
Ando
Flutuo
Virei
Virei energia
Me fundi com a Terra
Nasci de novo
Virei espécime
Nova
Diferente
Indecente
Botei
Botei pra fora o pinto
A língua
Palavra
Botei
Botei na bunda
Na frente
Bolsa
Bostei
Fiz monte de cagada
Me borrei todo
Inclusive
As botas
Borra
À visão
As cuecas
Escrevidão
Escrevo
Ou tento
Fazer entender
Quem
Quem sou
Onde
De onde venho
Como
Como assim?
Ainda não comi ninguém
Continuo
Herbívoro
Ou melhor
Não canibal
Cambial
E coisa
E tal
É isso.

Tetas pra que te quero.

Tenho de confessar
Não
Não sei amar
Cheguei perto
Às vezes
Mas me perco
Nos devaneios
Nos desejos
Nos passos
Troco pés
Pelas mãos
Esqueço datas
Nem lembro de nada
Somente das tetas
Pelo menos
A lembrança é boa
As tetas
Tetas por que te quero
Peraí
O certo
Eram pernas
Mas as tetas
Teats
São bem melhores
Podem ser pequenas
Grandes
Médias
Nem precisam silicone
Ao natural tá bom
Tá ótimo
De bom tamanho
Peitos
Adoro peitos.

Poeta de meia pataca.

Pelas paredes
Subindo
Descendo
 Brincando
Com a gravidade
Relatividade
Vou
Subindo
Pelas paredes
Telhados
Arbustos
Vou
Escalando montanhas
Subindo em pedras
Andando por vielas
Vou
Vou escrevendo
Versos
Em meu desmantelo
Cabelo que não penteio
Barba sem fazer
Versos
Ao bel prazer
De versar
Inventar
Inventar palavras
Imaginar frases
Versos
Vou
Vou indo
De versos
Em poemas
Rimas
Ou não
Mas nem tem
Importância
Sigo escrevendo
Poetando.

Pequena besteira de um final de tarde.

Tudo igual
O de praxe
Sempre
A mesma coisa
Mesmo ciclo
Corrida
Atrás do próprio
Rabo
Feito cachorro
Cão
Latindo
Uivando
Mordendo
Piranha
Devora tudo
Destrói
Aniquila
Passa por cima
O trator
Da ré
E passa de novo
Só pra ter certeza
Procedimento padrão
Treinado
Posto em pratica
De imediato
Assim que dispara
O alarme
Luzes piscando
Gente movimentando
De um lado
Para o outro
Assumam
Sua posições
Atenção
Sentido
Barriga pra dentro
Peito pra fora
Meia-volta
Volver
Em marcha
Forçada
Um riso
Forçada
Risada
Amarela.

Fresta.

Eu
E a palavra
Escrita
De honra
Maldita
Palavra
Que escrevi
Dei
Maldisse
Mentisse
E se eu
Mentisse?
Fosse tudo
Mentira
Deste a primeira linha
Até este que escrevo
Agora
Xiii
E agora?
Um dilema
Um incógnita
Uma brecha
Adoro
Brechas
Se pode entrar
Explorar
Tocar
Enfiar os dedos
Introduzir o pinto
Contar segredos
Tudo isso
E algo mais
Ficou aberta
Escancarada
Arreganhada
Danada
Danada de brecha
Desaforada
Desabrochada
Dada
Muito dada
Muitos dão brecha
Muitas dão a brecha
Outros levados da breca
Se precipitam brecha à dentro
E aí
Não mais dão
Brecha.

Peidei.

Nem sei
O que aconteceu
Se é
Que aconteceu
Não sei
De nada
Ver
Ouvir
Falar
...
Nada
De mais
Ou de menos
Ambíguo
Umbigo
Pinto
Boto pra fora
Se quiser veja
Senão
Nem olhe
Vire para outro lado
Faz que não viu
Ouviu
Falou
É
É isso aí
Bicho
É isso aí
Sem escolha
Vergonha
Pudor
Nossa
Que fedor
Mal cheiro
Futum
Respira não
Prende respiração
Logo passa
Foi só um pum
Peido
Flatulência
Logo passa
Nada
Nada que possa
Afetar nossa relação
Um simples
Pum.

Vício

Bem que eu queria
Gostaria
De ser músico
Tocar música
Dedilhar teclas
Cordas
Mas meus dedos
Eles não me obedecem
Se enroscam nas cordas
Tropeçam
Nas teclas
No bumbo
Sem rumo
Sem rtimo
Sopro nem pensar
Não da não
Mas o sete
O sete sei pintar
Pintor
Outra boa opção
Mas nem parede
Só sei o sete
Contar até  sete
Ai parei
Já não conto mais
Não conto mais nada
Não falo
Mais nada
Boca de siri
Fechada
Ai vem
Vem a palavra
Danada palavra
Que meus dedos
Dedilham
As teclas
Sem ritmo
Rumo
Deriva
Devia
Parar de escrever
Porém parece
Que isso
Vicia.

brinde

Um tanto quanto
Ácido
Hoje
Me sinto
Um tanto quanto
Amargo
Hoje me acho
Me ache
Me sinta
Veja
Um anti-ácido
Anti-amargo
Torne doce
O fim do dia
Neutro
Estado
Estando
Um lugar
Em tempo
Obviamente
Espaço
Em minha volta
Que ocupo
Em carne
Em osso
Que roo
Mastigo
Consumo
Engulo
Ou cuspo
Depende da ocasião
Dizem que é ela
Que faz ladrão
Larápio
Marginal
Na margem
Nas bordas
Portas
Abertas
Te recebo
Te convido
Invito
Uma bebida
Drink
Porre.

Estaca 0

Serei suave
Prometo
Suavemente entrarei
Ops entrei!
Tô dentro
Agora
Já foi
Pode soltar verbo
Cachorro
Monstro
Que dou jeito
Meus pulos
Dou
De galho em galho
Mesmo sendo
Macaco gordo
Pulo
Um instante adiante
O relógio
Zerei
Reset
Boot
Chutei
Pro espaço
Pau
Barraca
Macumba
Foi charuto
Pinga
Farofa
Pra tudo
Tudo que é
É ventilador
Ar-condicionado
Climatizador
Que merda
É muita merda
Muita mesmo
Que nem imagino
O tamanho
Tapete
Tapetão
Tudo pra baixo
Se esqueçam
Nada viram
Foi somente um sonho
Digo
Pesadelos
Bem variados
Recheados
Graúdos.

Time

Tem dias
Que são assim
Palavras fogem
Idéias somem
Nada inspira
Motiva
E desta forma
Não escrevo
Palavras
Pois elas fugiram
Sem idéias
Sumiram
Nem inspirado
Motivo
Me de
Um apenas
Um olhar
Um sorriso
Acene
Encene
Uma peça
Uma cena
Farsa
Comédia
Fausto
Hamlet
Cavaleiro
Forasteiro
De fora
Outro planeta
Lua
Estrela
Dimensão
Porta
Se abre
Nos engole
Brinca de hora
Tempo
Dando
Tempo
Ao tempo.

grunhido

Meus versos
Penso
Tão acanhados
Recatados
Recados
Retalhos
Mosaicos
Pedaços
...
Pequenos
Segmentos
Igual pontinhos
Três
Indicando
Possibilidade
Parada
Continua
Nos próximos
Episódios
Capítulos
Segue
Acanhado
Quase não falo
Pouco reclamo
Resmungo
Rosno
E não sei
Não sei como dizer
Gruno
De grunhir
Creio que nem deve
Ser assim
E por isso
Grunho
Solto um grunhido
Berro
Grito
Baixinho
Evitando ser ouvido
Fico a olhar
Perdido
Olhar perdido
Perdidamente
Olhando
Os versos
Que vou escrevendo
Em silêncio.

sem nome

Me pergunto
As vezes
Quem sou eu?
O que sou?
Um soneto
Terceto
Verso sem rosto
Sem nome
Rima
Verseto
De palavras desalinhadas
Desgarradas
Soltas
Palavreado
Umas letras
Numa sopa
De letrinhas
Imagine
Quantas versões
Palavras
Palavrões
Pronunciados
No silêncio
Do nada
Nada que não tenha dito
Tenha escrevido
Atrevido
Em se vulgar poeta
Um reres escriba
Que se atreve escrever
Insere
Em versos
Frentes
Lados
Por cima
Por baixo
Me atrevo
Em fazer verso
Um verso
Vários
Muitos outros
Versos
Sem rosto
Sem rima
Muito menos
Nome.