segunda-feira, 31 de outubro de 2011

nada de mais

Isso não vai ficar assim!
Muda mesmo,
muda sim ... pra melhor ... pra pior;
quem sabe?
Faz parte,
parte da vida,
uma característica,
uma nuance ... lance.
Mas que bom,
pode considerar,
entre tantas as coisas,
as possibilidades:
variadas,
múltiplas,
inúmeras ... que se apresentam,
fazem presença,
aparecem e desaparecem.
E vão,
com o coração ... batendo,
bombeando,
movendo.
Fluxo constante,
sem parada,
sem estação ... nem trem,
nada enfim,
nada.
Nada mais a dizer.
Nada mais a comer.
Nada de mais,
apenas viver.

sábado, 29 de outubro de 2011

nem sei o que?

Por vezes,

muitas vezes ... maldoso ... non sense.

Por querer,

sem querer,

assim igual,

sem sobressaliencias ... saliencias.

Rebarbas de fato,

algo mais mal acabado ... fardo,

dom,

quase bom ... quase ruim,

misturado desta maneira,

questão sem direito,

sem esquerdo.


Um mundo,

um mundo inteiro,

inteiro para olhar,

ver,

enxergar ... mas não!

Persiste no não sentir ... persiste.

Empaca feito mula,

silencia tipo mudo,

calado,

sombrio,

soturno.


Turno,

returno ... continuo,

continua.

Toca música,

gente fala,

grita,

festeja,

celebra ... e nem sei o que?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Banal

Duro osso ... roer;
utilizar o maxilar como ferramenta a mastigar,
mitigar em partes,
diminuir em pedaços ... os percalços.
Pés quase descalços,
roupas aos farrapos,
cacos ... de vidro ... espalhados ... quebrados,
foi-se o vaso,
a jarra,
a taça.
Espesso ar ... respirar;
entra e sai,
vai e vem ... alimentando,
mantendo,
expelindo,
limpando.
Denso pensar ... imaginar;
criar mundos,
pessoas,
coisas ... sonhar.
Sonhar sempre com o daqui a um segundo ... futuro.
Tempo não existente,
diria mais: inexistente,
pelo menos no presente.
Coisas dimais.
é dimais mesmo.
Coisas diversificadas que fazem dispersar,
que se tornam em parte vulgar,
cotidianas,
corriqueiras ... habituais,
banais.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

aparte

Quase perfeita ... vida.
Será?
Ou seremos nós que insistimos em utopias?
Em sonhos irrealizáveis,
em desejos infindáveis,
ensejos intermináveis ... mais e mais;
sempre mais;
uma roupa,
um carro,
uma casa ... acumulando;
milhas,
riquezas,
conquistas ... colecionando;
figuras,
vitórias,
garrafas vazias ... possuindo;
pessoas,
coisas,
mobília ... móveis ... imóveis;
à mercê do tempo,
a favor dos ventos,
contra a maré ... se afogando,
se debatendo,
feito peixe;
peixe fora d'água ... nadando,
andando,
caminhando,
correndo ... fugindo,
da realidade,
da idade,
da verdade ... meia,
meia verdade,
inteira,
pela metade ... uma parte,
um aparte,
apenas um aparte.

Quase perfeita.

Pequenas coisas,
que fazem ...
sorrir,
chorar,
amar,
odiar.
Ínfimas partículas,
que constroem ...
seres,
mundos,
universo,
tudo.
Sementes ...
caindo na terra,
brotando,
crescendo,
vivendo,
morrendo.
Vida ...
que nasce como sol,
se poe como lua,
brilha como estrela,
aquece feito fogueira ... bota lenha,
taca gasolina,
incendeia;
mais o menos,
quase perfeita.

sábado, 22 de outubro de 2011

que sacanagem

Um instante,
mero,
pequeno,
insignificante.
Tempo ... parcela de tempo,
ponteiro,
certeiro,
quase infalível ... inflamável ... combustível.
De primeira,
batizado,
aditivado.
Produto pirateado,
falsificado,
contrabandeado ... farinha de mesmo saco.
Tutte buone gente!
Coisa nossa,
tal corrupção,
que se infiltra,
que se ramifica,
que desqualifica ... celular em prova,
o álcool que mata,
ministro que rouba ... todos:
níveis,
posições,
nomeações ... apresentações,
que levam,
vantagem em tudo,
puta sacanagem.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

To di mau!

Martelando ...
dedos.
miolos,
neurônios.
Novamente acertei meu dedo;
em cheio!
Na verdade to é cheio,
no limite.
Olho em volta
e vejo muito;
que não queria ver,
não queria mesmo:
mortes,
vidas,
nascer,
morrer.
Vai assim o dia a dia,
sendo ... passando.
Quando vemos,
o que passou foi o tempo,
seu tempo,
meu tempo ... relógio não anda lento,
anda apressado,
a passos largos,
ligeiro.
To assim: di mau,
to di mau!
Não me leve a mal ... pensando bem,
leva sim.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

etc & tal

Vergonha;
tem hora que se apossa do ser ... vergonha.
Um certo pudor ... arrependimento.
Daquela gafe falada,
arte pensada,
coisa estragada.
Se perde,
acabou,
foi embora ... cabo.
Não tem mais carinho,
nem beijinho,
di ladinho ... foi de quina,
bem na canela,
doeu à beça,
feito chute,
chute no saco ... eggs.
Estalados.
Doí pra caralho.
Carvalho ... que diabos são estes versos?
Vergonha,
vergonha de dizer,
de falar ... falei ... falhei ... etc e tal.

malescrito

Hoje,
não vou escrever;
tô sem ideia,
tô sem vontade,
tô meio fora de sintonia.
Como rádio chiando por estar fora de estação ... chhhh.
Sei fazer o barulho não,
sei não!
Que estranho,
lembrar qual o barulho
e não saber imitar .. anarfa;
abafa;
abafa o peido,
abafa o gemido.
De um extremo ao outro,
num segundo ... estalo de dedo.
Um clic,
um clac,
um cloc.
Croac, croac!
Ta vendo;
era melhor não ter escrito, bem melhor.
Mas agora é tarde,
já foi,
já foi escrito, escrevinhado ... manuscrito ... malescrito.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Gift

Não, na verdade não encontrei não.
Pensei que tinha sido,
por instantes,
achei que sim;
mas não era.
Alarme falso,
boato ... verdadeiro ou falso?
Nem um,
nem outro.
Nada disso,
foi chiste, um simples chiste.
Sorris?
Isso por que não é contigo,
ficou de fora,
não deu nem bola ... olhou,
pra tudo que é lado,
menos pro meu.
Já foi,
agora já foi,
é passado ... a limpo, passado a limpo.
Vamos ver,
quem sabe,
quem pode saber ... é futuro,
pode ser futuro;
pode!
Mas não ta agora,
não é presente,
não se faz presente ... gift,
quero meu gift,
não importa que não seja aniversário,
passa prá cá,
me de.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sem exceção

Tem hora que vem o medo,
assolar os pensamentos,
geralmente projetam futuros,
processam imagens,
programas alterados.
Mas vou!
Em frente, sempre.
Ponho a cara na frente,
que sabe vem um muro,
abismo,
caminho.
Caminhando vou,
logo ali na frente tem gente:
que le parece?
Muda de rota,
pois é colisão eminente ... minha gente;
é bola na trave,
é tiro a esmo,
são pelotas de dinheiro ... chuta,
manda pra diante,
é gooooooollllllll!
De letra ... cambial,
financeira,
ilegal.
Não,
é legal,
grana pra todo lado,
roubo desgovernado,
corrupção de uma nação;
todos,
sem exceção.

faz falta

Pessoa ... má;
sei disso,
sei de minha maldade,
de minha crueldade.
Devo pagar?
Como?
Dinheiro?
Pena?
Penitência?
Consciência?
Como valorar?
Eu mau,
mais o menos,
não sou letal,
não sou metal ... mental,
apenas isso,
penso ... logo existo,
num mundo que inexiste,
num tempo que se move lento,
devora lento ... lentamente comendo:
uma perna,
outra,
um braço,
a cabeça ... mastigando,
como se fosse folha,
salada,
uma salada ... bem elaborada,
azeitada,
temperada,
preparada;
para a pessoa gostada ... numa sacada,
quase dava pra ver a praia,
quase dava pra voar sem asas ... faz falta.

sábado, 15 de outubro de 2011

por qué no te callas?

Agora é minha vez,
Deixa que eu falo.
Por qué no te callas?
Cala a boca para de falar,
Não diga mais nada,
Não quero escutar ... olhos, ouvidos, boca.
Tudo tapado,
Tudo fechado ... close, trancado.
Lhe digo então:
Que um dia,
Quem sabe,
Posso algo diferente ocorrer,
Quem sabe bem próximo,
logo ali,
na frente.
Não sou vidente,
nem adivinho,
apenas acredito.
Acredito em algo,
Poxa que estranho,
Sempre fui alheio.
Ao tempo, aos elementos, à existência;
Tanto fazia,
Que diferença faria ... obteria:
Valores,
Conhecimento,
Poderes?
Todos?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

besteira

Caçoo,
de mim mesmo,
assim: a esmo.
Como diria mesmo,
aquele velho ditado ...
caramba!
Não lembro de nenhum agora.
Complicou,
deixa eu ver o que consigo,
que tal mudar o tema?
Sim, vamos falar de outra coisa;
que tal curiosidade?
A curiosidade matou o gato.
Ops,
temos ai um velho ditado,
coitado do gato,
pagou o pato ... caiu de pato,
na lorota,
na estória ... anedota ... me gusta anedota,
conta aquela do mambira safado.
Que nada,
conta não,
não faço questão não,
vai que troco,
as mãos,
pelos pés
e fico de ponta cabeça,
plantando bananeira ... que besteira,
ou será asneira?
Quem sabe baboseira.

pergunta

O que preciso,
e não necessito,
is the question.

A mesma pergunta,
nem sempre a mesma resposta,
instantâneamente ... diferente.

Qual era mesmo a pergunta?
Já não lembro,
já não penso,
sustento ... nos ombros:
decisões,
pensamentos,
atos ... insanos,
por vezes,
fases,
realidades.

Fisionomia,
aparência,
eloquência ... aguenta.
Aguenta firme,
mais que rocha,
mais que tábua ... não afunda,
flutua.

Mas e a pergunta?
Ficou lá em cima,
meio perdida, deslocada, sozinha.
E as respostas?

Estas?
Estão por ai,
em qualquer lugar,
em qualquer pensar ... sorrir.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

não vem não.

Silencioso,
caminhado,
pisando em pedras,
escorregando ... escorregadela.
E lá se foi,
chão.
Alcançou o chão,
dali não passa.
Levantou,
bateu poeira,
saiu meio zureta;
dando pirueta,
salto mortal,
rindo que nem besta.
Tendencioso,
espreitando,
pisando em ovos,
estatelando ... estateladela.
Escapadela,
saída,
pela direita ... rápida,
feito foguete,
desenho,
ricochete ... bate e rebate.
Vanglorioso,
opa,
essa é nova.
Palavra,
situação,
conotação.
Oh não!
Outra repetição,
mesma situação ... digo não!
Desta vez digo não,
não vem não.

no dedo

Acertei!
O dedo,
com martelo,
certeiro.
Que dor,
veio em seguida,
enxurrada de palavras:
adagas,
pontinhos,
espirais,
barras
e muito mais.
Chingamentos,
palavrões,
maldições;
pra quem não entendeu.
Quer que desenhe?
Desenho não,
sem chances,
sem perdões.
Lateja o dedo,
vejo estrelas,
que dor.
De cotovelo,
de joelho,
não!
De dedo,
meu dedo,
meu querido dedinho,
acachapado por um instrumento ... de precisão.
E olha que nem mirava o dedo,
era outra coisa,
nem lembro ... mas foi no dedo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

reclama não.

Algumas ideias ... perdidas.
Em meio aos aleatórios ... acontecimentos,
Esperados,
Ao acaso,
Desesperados,
Sarcásticos.
Como piada de mau-gosto,
Suja,
Sem graça.
Conta ai a sua,
Conto aqui a minha;
Não ria,
É verdade,
É mentira ... ficção ... ilusão.
São.
Serão.
Melhor mesmo deixar de lado,
Quieto num canto ... num quarto ... silêncio;
Te escuto falar baixinho,
Te entendo por brigar comigo,
Mas sou assim,
Não vou mudar,
Na verdade nem quero tentar,
Não adianta reclamar,
Blá,
Blá,
Blá.

sábado, 8 de outubro de 2011

risca-faca


Um plus a mais!

Sim, isso mesmo!

Do mesmo modo,

Que a tempos vem acontecendo,

Infiltrada ... metástase,

Metades de que?

Partes de quem?

Pra onde?

De onde vens?

Não!

Não, não me digas;

Deixo que eu mesmo digo,

E repito ... mais uma vez,

De novo!

Inúmeras vezes,

Quem sabe pra sempre;

Infinitamente ... uma mente,

Que pensa,

Imagina,

Se alegra,

Se entristece ... uma prece,

Uma reza,

Um pedido ... quem sabe embrulho,

E o que há dentro?

Uma bomba,

Uma arma,

Uma vida;

Várias vidas,

Em risco,

No risco,

Risca de faca,


risca-faca.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Eu!

Sou eu!
Ligeiro,
imperfeito,
rarefeito ... feito ar,
no alto da montanha ... ar.
Que respiro,
aspiro,
vivo ... inspiro.
 
Sou eu!
Palavra,
frases,
escritos,
versos ... ligeiros,
imperfeitos,
rarefeitos.
 
Sou eu!
Imagem,
som,
cores,
visões ... rápidas,
mal feitas,
sem densidade.
 
Eu.
Eu mesmo,
frente ao espelho,
falando consigo mesmo,
dizendo algo que não entendo;
não compreendo.
 
Por inteiro,
eu;
desconstruído,
em pedaços,
migalhas ... coladas,
montagem,
colagem.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

converse

Entorta,
enverga,
quase quebra ...
feito planta,
osso,
palavra;
não!
 
Não me diga nada,
nada além do que possa acreditar,
nada menos que a verdade;
fale.
 
De tua vida,
de teus sonhos,
dos desejos.
 
Desembucha.
Solte os cachorros,
os monstros,
os medos ... explique;
aquilo que não quer contar,
os segredos que teima em fantasiar,
sentimentos que persiste em resguardar ... se abra;
não para mim,
mas pra voce;
converse consigo,
discuta,
brigue,
amenize ... suavize um pouco,
quando o tema for apimentado,
deslize na maionese,
se de um bofete ... converse.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

é isso

Fugindo do mundo,
dito prático;
talvez não,
talvez seja ver a coisa de outra óptica.
Uma vida,
experiência,
vivência ... maybe consciência,
que se espreme,
se concentra,
expande.
Vai um pouco além,
um pequeno passo,
uma mexida,
invertida ... divertida,
vou me divertir,
me divertir eu vou;
por que não?
Também sou filho de Deus,
eu mereço,
e tem mais.
Tipo assim:
eu me recomendo,
sou honesto,
quase sincero,
bastante discreto,
me adapto como quem muda de roupa.
Tem mais,
sou valente,
até demais,
mas somente as vezes,
e sem ressentimentos.
Vejamos ... que mais?
Tenho que confessar,
por vezes sou de enganar,
um pouquinho,
só quando precisa,
um pouco de fantasia,
uns cofeti e serpentina.
É isso!
Mais nada a acrescentar.

Gracias!

Chão molho,
vai recomeçar mais um ciclo:
de vida,
de planta,
de bicho,
de gente.
Gente que vai
e também vem ... movimento,
deslocamento,
reposicionamento ... reposicionar ... a mão;
mão que sobe a coxa,
que muda marcha,
quem sabe acha;
o que procura.
O que procuras?
Toma cuidado senão acha,
da mesma forma,
o que não quer.
Querer,
sempre o querer;
querer se sentir melhor,
a cada dia que nasce,
a cada dia presenciado,
cada momento respirado.
Gracias!

domingo, 2 de outubro de 2011

versando


Pequeno ...

Grão de areia ...

Sereno ...

Partícula;

Que invade,

Que inverte,

Verte;

Verte feito água,

Feito poeira,

Átomo ... atômico,

Astronômico,

Perdido no espaço,

No vácuo ... pensamento.

Flutua,

Se perde,

Se acha,

Racha no meio ... duplica,

Tipo célula,

Ameba;

Quase igual gente,

Ovulo,

Esperma ... cresce,

Transforma,

Ganha novas formas,

Novas dimensões,

Um par de pernas,

Braços,

Mãos ... de mãos dadas frente ao universo,

Apenas um verso,

Um verso vagando,

Galgando ... versando.

sábado, 1 de outubro de 2011

monte


Sou,

Esquisito à beça;

Estranho mesmo.

Ser de outro planeta,

Tudo é novo,

Novidade.

Vejo,

Te olho,

Somente ... desejo.

Quero sim,

Vem pra mim,

Agora mesmo.

Sem rodeios.

Sem floreios,

Somente desejos.

Deixa que fluam,

Deixa que inundem,

Que molhem tudo,

Deixem o caminho molhadinho,

Vou indo, quem sabe volte ... ir,

Vir,

Básico,

Bem básico;

Nada fantástico,

Apenas orgasmático,

Temático ...

Me de um tema,

Que construo uma frase,

Um conto,

Um poema ... nada complicado,

Apenas palavras,

Amontoado de palavras;

Com sentido,

Sem sentido ... amontoadas.