sábado, 30 de abril de 2011

ínfimo

multi facetado,
multi mascarado,
multi utilirário.
mínimos, múltiplos, comuns.
gestos,
cenas,
imagens ... fotos.
fatos,
nem sempre são claros;
quase sempre opacos.
fatos,
nem sempre são claros;
na verdade imaginários,
pequenos xiste da memória,
piadas sem graça,
micagem sem mico ... quem paga, quem paga o pato?
pagou o pato,
pagou o mico.
seja cínico,
intrínseco,
exímio ... ínfimo.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

agora já tens até princesa

Yes, temos princesa ... sua alteza, realeza.
Nobreza.
Milhões colados nos televisores,
Bilhões lá pelas redondezas,
Adjacências,
Obediência.
Eloquemos sério, nada mais perverso,
Matrimonio,
Festa,
Quero ver a lua de mel,
Quero sim,
Tenho direito.
Mostram tanto,
Exporam quase tudo,
Disseram quase nada.
Salve príncipe, rei, duque, rainha;
Sua majestade o que desejas?
Ouro?
Jóias?
Dinheiro?
O que queres?
Já tens fama, carrões, mansões,
O que queres mais?
Agora já tens até princesa,
Súdito de brincadeira.

terça-feira, 26 de abril de 2011

reclamo

reclamo, resmungo,
digo palavras que nem mesmo eu, entendo.
são quase murmurios,
pelas pontas dos dedos teclo no escuro,
pelos fios do cabelo choque certeiro.
reclamo, resmungo,
persigo palavras que não me fazem parte,
vão fugindo,
se afastando;
vão fluindo,
se apagando.
declaro, declamo,
falo verso,
falso verbo,
fausto inferno ... céu.
relato, te conto,
uma história,
uma anedota,
uma farsa ... comedia.
planfleto de circo,
propaganda de cartomante,
cartaz na tua frente.
venda, compre, negocie.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

imagino

não, não sei!
não sei se acredito,
melhor,
se posso acreditar.
noticias boas ou ruins?
palavras sinceras ou falsas?
camihos fáceis, que nada dificeis.
pedras,
morros,
vales ... crateras.
parece a lua,
arido, ressecado, disperso,
um verso apenas,
um soneto somente,
uns sons sem sentido,
devaneio desmedido.
sonho,
sonho aos montes,
de dia,
de noite,
perto e longe.
imagino,
imagino teus olhos, boca, sorisso;
imagino.
me acho vazio,
somente ar a me sustentar,
quem sabe o vento possa me transportar,
brisa tosca,
furacão sedento ... lambe,
lambe a terra,
lambe a pele,
beija a face ... tua;
imagino.
na verdade finjo,
faço de conta,
imagino.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

vida

No momento tenho a seguinte percepção: estou no local certo e no momento exato. Mas ai me pergunto: o que diabos tinha mesmo que estar fazendo? não sei, simplesmente não sei a resposta; porém sigo, sigo perseguindo a resposta, prossigo buscando respostas. Perguntas fluem, saem da terra, saem da ave, saem de bocas. respostas e perguntas ou perguntas e respostas, qual vale mais? Me de um valor, te pergunto; a resposta? Nem vou esperar, preciso saber não. Qual diferença faz? Vou saindo de fininho, pela tangente, pela vertente ... verbete, oração sintática, analise de texto ... língua ... língua portuguesa, não te conheço, não te possuo. Erros muitos erros; gramaticais, verbais, sensoriais ... engano, ilusão, sonho.
No momento tenho a seguinte conotação: penso que logo existo, logo penso que existo. Duvido! Duvido até mesmo da existência, discordo de meus próprios pontos ... de vista ... vista-se, tome o teu rumo, tome prumo ... sextante ... distante navegue pelo inconsciente, drible com as duas pernas, voe com as próprias penas.
No momento trago a seguinte bagagem: quase nada apenas uma muda de roupas, somente um pequeno pensamento, nada mais que grão ... semente, vida ... apenas vida.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

queria não

queria não falar de mim,
mas parece que não tem jeito.
podia falar de uma parede, quem sabe?
mais ai venho eu,
um muro,
the wall.
cara in the wall,
face no muro.
um mundo,
um mundo só meu,
egoista,
imaginário,
planfetário.
um mundo,
um mundo só teu,
fechado,
verdadeiro,
certeiro.
por estas bandas não passa nem carteiro,
mas passa lixeiro,
passa ligeiro;
passa ligeiro o mundo,
outro mundo,
mais outro ... passa ligeiro,
ligeiro como o tempo,
ligeiro como o vento ... sopro ... sussuro.

terça-feira, 12 de abril de 2011

sangue

jogo de palavras ...
verdadeiras, falsas.
amenas, bombásticas.
sarcásticas, clássicas.
palavras, balbuciadas ao pé ouvido.
palavras, escritas em um qualquer espaço.
palavras, palavras ao vento, palavras.
lhe dou a palavra, pra mim de nada serve.
não, não serve!
são franzinas,
coisinhas,
escrita fraquinha, quase apagada.
borracha, lápis, giz, quadro negro, sangue;
sangue vertendo,
sangue fluindo,
loucura explodindo; não há o que se dizer,
fogem-me as palavras,
foge-me a razão,
foi-se o coração ... foi-se ... foram.
foram-se muitas crianças,
foram muitas.
dizem que os monstros não nascem,
são criados,
são forjados,
lapidados.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

a estrada de terra sempre muda após a chuva

Voltando a falar da vida;
Sim ela é muitas coisas,
Tem muitas formas,
Muitas texturas ... misturas.
Um caldeirão efervescente,
Borbulha,
Espuma ... aflora.
Que seria se tudo fosse facinho;
Chatice.
Treco sem sal, sem açúcar.
Objeto sem cor, sem cheiro.
Pessoas sem pessoas.
Imagina.
Imagina o que seria.
Pensa bem e nada exclua.
As escolhas são múltiplas,
Várias,
Variadas ... avariadas.
Que seria se tudo fosse paraíso.
Mesmice.
Rotina, dia a dia, vulgar.
Regularmente,
Pontualmente,
Altamente eficiente ... quase doente,
De trabalho,
De labuta,
De conduta ... certa, politicamente correta, discreta.
A estrada de terra sem muda após a chuva, sempre!

não mesmo

Os pensamentos vão assim fluindo,
Um turbilhão,
Emoção,
Sufoco,
Imaginação;
Pura imaginação,
Um repente que faz a mente incendiar,
Artifícios,
Explosões ... sensações.
Um flerte com o inconsciente,
Uma paquera com o presente,
Namoro com a vida.
Viva, viva.
Seja quem for,
Onde for,
Como for: viva!
Usufrua dos temperos da vida,
Os cheiros,
Os jeitos,
Os efeitos ... colaterais.
Colateral, efeito colateral;
Um resquício de memória,
Um pouquinho de malicia,
Tantinho de preguiça.
Vai desta forma a vida,
Marcando,
Mancando,
Tropeçando: vai à vida!
Vadia, meio sem graça, daninha.
Uma pagina ainda não escrita,
Uma folha ainda não lida,
Uma vida ainda não entendida; não mesmo!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

mentira ou verdade?

hoje sou poeta, escritor, louco ... mentira, verdade.
verdade ou mentira,
quem diria,
escolha qual sua assinatura.
se iluda,
se inunde,
se confunde.
latitudes, longitudes;
espaços amplos,
lugares fechados.
dimensão, imensidão.
vejo o que escrevi e nada entendo.
o que quero?
o que pretendo?
falar apenas de maneira desconexa?
dizer somente falas dispersas?
mas são pedaços,
particulas,
migalhas ... formam imagens,
formam cidades,
formam mosaicos ... prosaicos.
podem ser, podem não ser;
verdade ou mentira?
me diga.