sexta-feira, 30 de setembro de 2011

muito prazer

Como pode?
Melhor: como pude?
A pouco falei de tambores
e me esqueci do circo.
E rufam os tambores,
vai começar o espetáculo!
Vem palhaço,
vem macaco,
calhambeque,
ou carroça puxada a jegue.
Luzes,
cores,
máscaras ... disfarces.
Se disfarça ai,
faz de conta que é outro ser,
outro pensar,
querer.
Foi sim,
foi por querer,
dimais,
dimenos ... mais o menos.
Adição,
subtração,
divisão,
multiplicação ... matemática,
números;
um,
II,
3 ...
quatro, cinco, mil, queremos;
queremos qualquer coisa,
que satisfaça,
que de prazer,
proporcione poder,
poder simplesmente fazer,
satisfazer,
gerar prazer ... muito prazer!

tambores

Os dedos ...
nervosos,
ansiosos ...
batem na mesa,
feitos tambores ...
em guerra,
em festa,
em reza.
Versa;
versa pelos becos de tuas memórias,
pelas rimas escondidas num canto do cérebro,
poemas empoeirados e esquecidos na memória já lenta;
o que pensas?
Ser fácil colar palavras?
Mas lhes digo,
também nada é difícil,
nada mesmo,
acredito.
Agora sou todo ouvidos,
quero ouvir o que tens a dizer,
vamos me diga!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

galera

Folguedo,
me dou ao luxo de sair em festa,
pelas ruas,
pelo quintal ... em polvorosa,
deixando todos fervilhando,
como troça,
como troça troçando pelas ladeiras tortuosas,
como bola ropendo o ar e indo de encontro às redes;
gol!
É gol,
gol do Brasil.
Que bom!
E segue o corso,
em curso,
em rota;
de colisão ... folião.
Carnaval fora de época,
na data certa,
na hora correta ... corneta;
toca ai a corneta,
bumba ai no bumbo,
chacoalha o esqueleto.
Canta,
canta hino;
berra,
se descabela ... galera.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

pitéu

Solitário,
velha fera solitária;
a espreita,
de butuca,
a espera da presa ... um ataque,
já não mais tão certeiro,
vai mais no jeito,
e pimba!
Já era virou janta ou petisco,
vinho ou cerveja?
Talvez algo mais caliente?
Destilado?
Fermentado?
Desidratado?
Qual o melhor acompanhamento?
Vem ca!
Vai se voce!
Voce mesma,
é melhor ir pensando besteira,
bem besteirenta,
por que assim vai ser.
Tem que ser assim,
atrevimento,
sinal a dentro,
passa e tudo vai levando ... levantando,
saia,
blusa,
os pelos de tua nuca,
feito fera;
feito fera quase babo,
fico abobado,
desnorteado;
e vou buscando mais um gemido.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

nem sempre.

Realidades distintas,
lidamos com várias,
durante o dia.
Ouvimos coisas,
enxergamos muitas outras,
pensamos umas tantas ...
e lá pelas tantas do dia,
fui ter uma conversa,
conversa de pé de oreia,
com voce.
Sim,
fui até ai,
onde voce esta,
e nem viste,
nem me viste passar,
de camiseta branca,
bem do seu lado;
era eu,
fui eu quem te assoprei ao ouvido,
a resposta de tua pergunta;
fui eu quem tropecei,
na calçada,
na barra de uma saia,
na pedra abandonada ... fui eu.
Apenas mais uma,
mais uma,
realidade distinta,
diferente,
de verdade?
Nem sempre.

e voce?

É a natureza,
pelo menos a minha,
minha natureza;
forma de ser,
jeito de pensar,
tipo de caminhar ... sem me importar,
nem próximo do que deveria.
Protesto,
rebato,
discordo.
Não sou assim não!
De jeito maneira.
Sou melhor,
mais bonito,
mais inteligente ... ser que pensa,
pensa que pode,
pensa que fode,
pensa em recordes.
Vem,
vem disputar comigo,
uma prova,
uma partida,
uma vida;
sim,
aposto a vida,
jogo na mesa,
pago pra ver
e voce?
O que tem a oferecer?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

nothing more

Braço ligeiro;
mas nem tanto,
deixou escapulir a porta,
xiiii,
bateu!
Bem alto, bateu.
Acordou meio mundo,
fez barulho,
incomodou.
Não gosto mesmo de barulho,
som alto,
latido compassado,
escapamento aberto ... avesso.
Foram muitos anos de barulho,
acho até que fiquei meio surdo,
tem coisa que não escuto.
Mas é difícil saber,
afinal tem coisa que não escuto,
não escuto de propósito,
meio assim que desligo,
vou pra outro mundo,
me ausento ... bem longe.
Então deixo de escutar,
não intencionalmente,
mas também não inocente ... propositalmente,
não posso negar,
tentei,
mas não posso,
é de propósito sim,
desligo,
um start e fui,
feito magia,
algo fora do normal,
nada de formal ... nada mais.

sábado, 24 de setembro de 2011

briga


Musica sertaneja,

Batendo na cabeça,

Já chegaaaa!

Desliga a radiola,

Tira o cd,

O DVD ... basta.

Quero musica para meus ouvidos,

Para meus sentidos,

Delírios.

Chora,

Chora na melodia,

Chora em plena luz do dia,

Desata em lágrimas,

Desaba em água ... salgada,

Água do corpo,

Fluido ... suco digestivo ... saliva.

Cuspe,

Cospe na mão e chama pra briga,

Duvido que você passa desta risca,

Linha no chão,

Delimitando espaços,

Separando o campo ... de batalha,

Se vão os oponentes,

Cada um em seu canto,

Mostrando os dentes,

Beligerantes.

Um tapa na cara,

Uma joelhada no saco,

Dedo no olho,

Dentada ... pedrada,

No telhado,

Na vidraça,

No óculos ... quebrou,

A lente,

O vidro,

O vaso e também a jarra ... que farra.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

displicentes

Mundo de faz de conta,
das aparências,
feito imagem maquiada,
preparada para a foto,
finalizada no photoshop.
Deixa ai tudo mais bonito,
mais feliz,
mais produzido;
um retoque aqui,
escondendo algo por ali,
refazendo traços ... desenho,
em preto & branco,
tira de jornal,
piada de mural.
Feito verso;
feito verso estendido num varal,
braços abertos,
pernas esticadas,
boca entreaberta ... sai,
sai palavra meio que atravessada,
sai palavra feito arroto,
sai fazendo efeito ... desviado,
esperado.
Cidade cenográfica,
paredes falsas,
dinheiro de brincadeira,
pessoas não verdadeiras ... até mesmo falsas, diria.
Personagens,
meros personagens,
figurantes,
passantes ... vão e vem,
não sabem, não veem;
displicentes.

arredio

Vieram assim:
algumas palavras,
palavras soltas no vento,
voando,
planando ... invadindo,
invadindo mentes,
menos desavisadas,
menos sensatas.
Imagens,
cores,
sons ... invasões;
exércitos,
tropas,
máquinas ... destroem,
removem,
modificam.
Muda,
muda de planta,
de local,
de estado;
de líquido a sólido,
daqui prá lá ... lá longe,
se quiser,
se quiser é o que tem.
Vai que ta bom,
vai que não tão,
todos não dá pra agradar,
não dá mesmo,
nem tento.
Por assim dizer fico na minha,
só observado,
meditando ... caminhando,
em círculos,
feito bicho,
arredio.

dia bonk

Bonk dia!
escrevi assim,
à pouco.
Erro de português,
deslize de dedo,
opsss.
Ficou estranho
e ao mesmo tempo diferente,
pode mesmo dar um tom a um dia:
o dia Bonk.
Dia de pensar na vida,
dia de levar a vida,
dia de acalmar a alma ... repor energias,
recarregar baterias,
ligar na tomada tuas expectativas.
No 220.
Tem que ser no 220,
não me venhas com 110.
O choque tem que ser bom,
bão de verdade,
faz até crescer pelo nas mãos,
arregalar os olhos,
arregaçar as mangas,
arreganhar memórias ... chips,
processadores,
conectores.
emaranhado de ligações,
junções,
uniões ... teia,
de uma certa aranha negra,
que caça,
que envolve,
que devora ... pela cabeça,
começa pela cabeça,
depois vai,
vai sorvendo tudo,
vai vertendo tudo,
transformando tudo ... feliz dia bonk.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

e a vida não virou uma canção

Palavra.
Dou palavra ... escrita,
falada,
pensada ... prensada,
em jornais,
em folhas,
calçadas ... co'as calças arriadas,
dando uma  ... cagada;
aliviada.
Sentado na privada,
feito estatua,
pensando feito pedra,
solene feito mármore.
Árvore, hoje é dia;
quem lembra,
quem da a mínima ... passa,
passa o dia,
passa a serra ... vem a baixo,
vira madeira,
torna-se móvel,
riqueza ... seca,
terra seca,
sem sombra,
sem água,
sem fruta ... sem nada.
Se foi,
se foi o verde,
se foram as cores,
se foram os cheiros,
se foram os sons;
e a vida não virou uma canção.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

por que não?

Mais o menos assim:
Um tolo;
um tolo envolto em sonhos,
um bobo se expondo à corte,
um ovo ... sem pelo, sem casca, sem gema, sem clara.
Pondo a cara,
sempre a cara,
na frente,
leva porrada,
paulada,
porretada.
Expondo a cara;
the face,
no facebook,
no orkut,
no embuste ... chute.
Chute bem forte,
mande pra longe,
mande distante ... pelota.
rola a bola,
vai começar a partida,
mais uma.
Jogo da vida,
vamos lá,
encarar,
por a cara pra bater,
pode até doer,
pode até arder,
pode até sofrer ... pode até vencer, por que não?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

passei a noite procurando tu

Te olho,
com os olhos que ganhei ...
de Deus,
da natureza,
dos genes.

Te vejo,
passando;
passeando por meus sonhos,
invadindo meus domínios,
conquistando e saqueando meus delírios.

Não te toco,
não te sinto ... distância,
longe,
muito longe;
não alcanço,
meus braços curtos,
não te alcançam.

Não te falo,
fico mudo e quase desisto.
Mas o teu sorisso,
teu sorisso me devora ... boca, dentes, língua.
Vai devagar,
morde,
beija,
lambe ... bem devagar.

Divagar,
só me resta divagar,
só me resta caminhar ... em frente,
sempre em frente.
Quem sabe te encontre,
te toque,
te ouça ... ache,
ache de novo no palheiro,
ache de novo, mas desta vez por inteiro.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

embromation

Se faz de tonto,
tem gente que se faz de tonto,
só pode ser,
não vejo outra explicação.
Voce desenha,
e mesmo assim vem questão;
voce digitaliza em imagens tridimensionais,
e o que temos:
perguntas adicionais.
Disse que esta tudo incluído,
que mais é preciso,
que mais?
Não sei,
talvez defender o pênalti,
após ter dado o chute;
chupar cana e assobiar;
dar uma de sacana
e ironizar,
mas não;
não posso,
afinal,
o cliente sempre tem razão,
a pentelhação,
embromação ... embrometion.
Quanta enganação!
Quem enrola quem eis a questão,
me engana,
ti engano,
nos enganamos,
enganados estamos.

entendi não

Bela bomba ...
tá ali,
escrito,
em baixo relevo,
no negócio de água,
lá na cozinha;
vai um copo ai?
Mata a sede,
água mata a sede,
não sabia?
Verdade!
Pode parecer óbvio,´
e é.
É sim tão igual quanto dois e dois,
como ser ou não ser.
Shake ...
speare,
do corintia,
da lanchonete,
das arábias; ou quase.
Pode também,
ser marajá,
de lagoas,
ritos,
speech ... falatório; blá, blá, blá.
Onde quero chegar,
com este papo de agora;
não nítido,
não claro,
não entendido ... valia mais um desenhinho.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

só mais um pouquinho

Nínguem veio me ver,
decepcionei,
magoei.
Faz mal não,
continuo no caminho,
andando,
pensando,
anotando ... tome nota,
tome tento,
atento.
Sempre alerta,
tão alerta;
feito bicho,
feito fera,
feito gente.
Aguente,
guente mais um pouco do que penso,
só mais um pouquinho,
logo logo,
não terei mais tempo,
mais pensamentos,
momentos.
Vem a labuta,
luta do dia a dia,
prática,
utilidade,
necessidade.
Guenta vai,
só mais pouquinho.

formulando

H2O,
água,
que vem;
bate na bunda,
bate no saco
e também no ...
umbigo.
Que foi pensou que era pinto?
Errou!
Errou na concepção,
na captação,
na fórmula;
química,
mágica,
única.
Unicamente pensando,
em uma coisa,
apenas uma,
uma ... maneira.
De misturar líquidos,
sólidos,
gasosos;
em algo novo ... único.
Pode ser um novo rosto,
nova meta,
alvo ... acertou no alvo,
foi um estouro,
um estrondo ... despertei.
E logo levantei,
foi em seguida,
num piscar de olhos,
estalar de dedos ... medos.
Sim, tenho medos,
receios
e outros recheios ... sou cheio,
bem cheinho por sinal.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

tontear

Como paquiderme em loja de cristais,
vidros ... estilhaçados,
feito brilhantes,
espalhados ... chão, tapetes, móveis.
Embaralhados em uma sucessão,
de desencontros,
esbarrões,
tropeços ... tropecei,
tropecei em voce em um dado momento,
fiquei assim,
meio aparvalhado,
abestalhado,
abobado ... abobadim da enchente,
oxente!
Uai!
Cade todos?
Foram cada um prum lado,
um pra cada lado,
feitos vidro,
cacos de vidro ... espalhados,
distantes,
pensantes.
Um no outro,
um no outro quem sabe?
Ou pensam outras coisas,
coisas que nada tem a ver,
coisas bobas pra se pensar,
pra se deixar levar em uma conversa tonta,
em tarde de sexta feira,
somente isso,
conversar,
rir,
tontear.

errante

Olhos não veem,
coração não sente ...
arreganho os dentes,
pareço ameaçador,
mas não,
apenas sorrio ... frente ao espelho,
sem nada em frente,
pra quem esteja à frente.
Assim sigo,
de outra forma,
não seria eu mesmo,
não seria mesmo.
Outra forma,
como poderia ser?
Melhor?
Pior?
Quem sabe?
Talvez,
em algum momento, eu.
Eu que me perco,
em perdidos sonhos,
esquecidos objetivos ... targets ... alvos.
Acerte no centro,
sempre,
continuamente ... sem parar,
pra que pensar,
apenas faça,
just,
just to it ... não pisque,
não ouse piscar,
suar?
nem pensar.
ousar?
seria demais, o sistema pode desengrenar,
e ir:
sem direção,
a torto e a direito,
a esmo ... eu mesmo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

sem medo

O mesmo,
del mismo,
casí igual,
igualito ... Miguelito,
mira:
sombrero en las manos,
astúcia en los actos,
não pensem que sejam otários,
nada tem a ver com filmes hollywoodiano,
nem clássico,
nem veterano ... mediano,
quase chega a brasileiro,
quase engana,
quase enrola.
Sem trauma,
não estou aqui criticando,
apenas expondo,
falando o que penso,
escrevendo o que quero ... meros,
textos sem pé,
sem cabeça,
inicio ou fim.
É como filme:
a mocinha é bobinha,
o mocinho um tonto,
o bandido pequeno malandro ... enredo,
reveja o enredo,
mude algo aqui,
algo ali ... sem medo!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

vambora

Vou te contar,
segredo,
desejo;
num sussuro,
bem na orelha,
coladinho.
Voce vai tremer,
ah vai!
Vai sim eu sei,
conheço um pouco destes aprochegos,
aprochegar,
devagar,
tem que ser devagar,
nada de corrida,
fugida,
escapada ... escapulida, escorregada, sacolejada.
Como numa sacola,
perna,
braço,
tronco,
cabeça ... embolado,
tudo embaralhado,
ninguém sabe de que lado é lado ... de que lado?
De ladinho?
No cantinho,
escurinho,
matinho.
Sim,
em qualquer lugar,
em qualquer hora ... vambora!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

incomodando

incomodo?
talvez sim,
talvez não;
pouco importa.
vou continuar,
se possível sem parar,
impossível deixar ... de pensar, imaginar, criar.
criar, de certa forma criar,
algo torto,
feio,
sem forma ... dai-me a forma de uma melancia,
eh he, não falhou tá vendo.
transbordo de um tema a outro,
diferente,
sem senso.
assim num segundo,
mudo,
refaço,
brinco ... com voce, comigo.
o que importa então?
se te incomodo,
nada fazer posso,
poder bem que podia,
mas não,
nem uma palha mexo ... tudo do seu jeito

nada

não agradou,
me agradou não!
ser assim diferente,
de outra forma existente,
mero melro a cantar estranho ...
para!
po para!
po para agora!
não me enrola,
não vem este papo sem fim,
lero-lero,
conversinha;
nada disso!
falemos de que?
é também não sei,
tem hora que tudo trava,
não sai palavra,
não sai idéia,
não sai matéria ... anti,
antes de mais nada,
nada a acrescentar,
mais nada.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

indo de encontro

pleasure ...

my pleasure ...

em te conhecer,
aqui neste mundo virtual,
neste cotidiano banal,
no faz de conta que somos bem & mal.
Duas!
personalidades, é bi-polar.
verdades, é de enrolar.
realidades, é tão normal.
mundo físico,
contraposto aos megabits ... memória,
temos lembranças,
recordamos,
lembramos.
de algo,
não bem definido,
não nítido,
difuso ... confuso,
me vejo,
me acho,
confronto ... vou de encontro

ai vareia.

Música para ouvidos,
veio,
veio como música;
para meus ouvidos.
Notícia,
informação,
possibilidade.
oportunidade;
pode ser,
porque não?
Sim, poder reparar certos erros,
poder gerar alguns acertos,
e também ganhos,
afinal:
sobrevivência,
manutenção,
multiplicação;
também fazem parte,
parte da vida.
Não adianta,
já sei,
não adianta viver de sonhos,
em um limbo,
em um mundo fictício ... necessito.
Necessito e possa fazer,
fazer muita coisa,
de várias maneiras,
de maneira variável.

domingo, 4 de setembro de 2011

que

faca nos dentes,
listo para ataque,
pirata.
voces, se cuidem,
sou pirata ... saques, roubos, pilhagens.
pilhas de ouros,
meus ideais;
montes de jóias,
apenas algumas a mais;
um bocado de vários metais,
quinquilharias,
bijugangas,
quase miçangas ... quase sem valor.
sou pirata,
de duas pernas,
dois olhos,
duas orelhas ... quase inteiro,
me falta cerebro,
faltou pensar mais um pouco,
ir além do simples enxergar,
não vi.
não vi mesmo,
foi de relance,
um instante,
simples,
direto,
discreto ... instante.
diante do meus olhos tudo,
que queria,
que sonhava,
que fugia ... tudo num instante.

sábado, 3 de setembro de 2011

vem

Com a genitália de fora,
balangando,
o pinto.
Eu tenho, voce não tem.
Oba!
Ainda bem,
vive la diference,
diferenças entre eu e voce.
Assim é melhor,
de verdade encaixa,
feito luva,
na medida,
sob medida.
Que delícia,
vem cá mais perto,
se aprochega,
vou te contar estórias,
vou te dizer lorotas,
cantar no ouvido coisas bobas,
sussuros e outros barulhos.
Brincadeira,
vem brincar,
por debaixo das cobertas,
em meio tormentas e bonanzas,
furacões e erupções ... vem.

tonteria

passando a limpo,
um monte de coisas,
dessas assim ao longo da vida,
que revemos,
como filme ao longo do dia.
Droga!
Filme repetido ... de novo.
O mesmo beijo,
a mesma música,
coisa ... em preto e branco,
pior,
preto no branco,
em publico.
Peraí, dá um stop,
vorta fita,
passa essa parte de novo,
repete mais uma vez,
a sina,
o destino,
o carma ... acarma,
acarma ai gente,
solta o freio de mão e desliza,
ladeira a baixo,
vai rápido,
bate vento no rosto,
adrenalina na veia ... tonteria.

óculos

Já fui valente,
destemido,
eficiente ... quase funcionário dos mes;
hoje?
Hoje vejo por outra óptica,
melhor,
com outros olhos.
Olhar coisas,
passadas,
presentes,
distantes,
próximas.
Alguma coisa ficou nítida,
mais clara,
outra tonalidade,
é ficou bom,
este novo personagem ficou bom,
já um tanto diferente,
diferente do que era,
um tanto diferente.
Mais carregado,
denso,
intenso.
Pelo menos é o que penso.
Pode ser que vejas diferente,
pode ser que não percebas diferenças,
apenas semelhanças.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Gostei não,
do último texto,
foi chocho,
chocho feito chuchú ... sem graça,
mas bota,
bota tempero,
taca uma pimenta,
fica bão, bão a beça.
Cabeça pensa,
corpo se move,
e tudo acontece,
em nossa volta,
nossa memória,
trajetória ... victoria,
enfim vitória,
pequena,
mas satisfatória ... glória,
quero agora,
neste momento,
nesta mesma hora ... agora.

melhor

Xis ...
da foto,
na questão,
do local do tesouro ... ouro ... estouro ... estopim.
Bota fogo ai,
acende a bagaça;
vai fazer trilha,
vai sair fumaça ... rastilho ... de pólvora.
Detona,
detona feito bomba,
ser humano,
carro,
residência ... tudo pelos ares.
Barbaridade,
que barbara verdade;
tribos,
castas,
nações ... em guerra,
eterna guerra,
milenar talvez,
brigando por punhado de areia,
bocado de óleo,
dinheiros
...
mundos quase perfeitos,
títulos maiorais,
falências nacionais,
talvez;
talvez tenha chegado hora,
de algo mudar ... espero que seja melhor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

parafuso


Eis que me vejo ...

Sozinho,

Imerso em pensamentos difusos,

Devem ser os parafusos,

A menos ... ao menos ...

São de aço,

Inoxidável,

Lavável,

Perdíveis ... algo perdíveis,

Cade os meus,

Onde estão meus parafusos?

Na descida,

Foi na descida que sacudiu tudo,

Foi ai,

Foi ai que perdi;

Ninguém viu por ai?

Ofereço recompensa,

Procuro:  parafuso, arruela, porca ... completo.

Não serve so um pedaço,

Serve não!

Tem que estar completo,

Senão não tem remédio,

Que cure,

Amenize,

Alivie ... me envie,

Carta,

e-mail,

post ... me avise,

que o dia chegou,

chegou o tempo  de achar os parafusos ... entrei em parafuso,

a internet entrou em parafuso,

e por isso continuo,

continuo a escrever,

sem parar,

em parafuso,

falando sobre parafuso ... que absurdo!

crea

Um pouco bonzinho,
um tanto mauzinho;
tipo assim:
na medida,
no tempero,
um tanto picante,
um pouco inocente.
Que le parece?
Bom?
Mau?
Vai aproveitar
ou só vai olhar?
Quer mais?
Não tem.
Na verdade é o que tem,
nem mais,
nem menos ... é o que tem.
Tem coisas que são assim mesmo,
não adianta se lamentar,
basta acreditar,
basta mesmo.
Acredite, credite, creia ... no que queria,
conforme queira,
na forma que deseje.
Fugi a rima,
ta vendo mais um deslize,
mais mancada,
mais uma ... e outra, e outra;
são tantas.

mera coincidência

Pacoteiras de dinheiro,
por cima da mesa,
agora nem precisa,
ser debaixo,
dos panos.
E o que acontece?
Nada.
Nadica de nada,
nem puxão de orelha.
Nada ... nada muda,
nada muda assim,
fica tudo sempre igual:
tapete persa,
chocolate belga,
brilhantes africanos,
litros e litros de blend envelhecido ... corroído,
corrompido,
país corrompido,
povo corrompido,
acostumado a tramas, dramas e falcatruas.
Novela, parece novela.
Mas só parece ... quaisquer semelhança e mera coincidência com a vida real,
ou será:
qualquer semelhança e mera coincidência com tua consciência?

não soltam as tiras

Existem dúvidas a este respeito.
há sim, existem sim;
quase palpáveis,
duráveis,
intermináveis.
Mas que problema temos?
Afinal a dúvida é a existência da razão,
também da emoção,
e o coração;
nem digo, este já é ardiloso,
bicho manhoso,
ligeiro.
Parece ter pernas,
parece ter mãos.
andam,
correm,
apalpam,
pegam ... e não soltam ... as tiras.
Não soltam as tiras ... amarras ... na marra,
e nem usa arma,
nem utiliza malícia;
bom,
pelo menos enquanto não precisa,
enquanto decida,
qual forma,
qual olhar,
irão funcionar.