quarta-feira, 14 de setembro de 2011

passei a noite procurando tu

Te olho,
com os olhos que ganhei ...
de Deus,
da natureza,
dos genes.

Te vejo,
passando;
passeando por meus sonhos,
invadindo meus domínios,
conquistando e saqueando meus delírios.

Não te toco,
não te sinto ... distância,
longe,
muito longe;
não alcanço,
meus braços curtos,
não te alcançam.

Não te falo,
fico mudo e quase desisto.
Mas o teu sorisso,
teu sorisso me devora ... boca, dentes, língua.
Vai devagar,
morde,
beija,
lambe ... bem devagar.

Divagar,
só me resta divagar,
só me resta caminhar ... em frente,
sempre em frente.
Quem sabe te encontre,
te toque,
te ouça ... ache,
ache de novo no palheiro,
ache de novo, mas desta vez por inteiro.

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