quarta-feira, 13 de outubro de 2010

croc, croc

Destemido, quixotesco, bicho ... grilo ... croc, croc ... no ouvido, barulho, eco, zumbido; são abelhas, tambores, zueiras. Arreda pé, arrasta pé; pedreira. Ei, esta pedra não é minha não, sou plebeu e não rei, não desafiei nenhum deus; pelo menos acho que não, pelo menos que eu lembre, mas, nunca se sabe. Abre ai a porta deixa eu dar uma espiada, caramba quanta coisa bacana! TV, vídeo, computador, tua vida parece novela, novela mexicana, bang bang à italiana, cena de cinema. Faz de conta, um faz de conta moderno, onde não escreve no caderno, onde não conversas ao vivo, onde só vemos fotos. Somos fotos digitais, impressões faciais, ciladas virtuais; serei eu real? Imaginário, lendário, estático ... didático, um mestre sem aprendizes ... dialético, ensaio de testes ... involuntário, espasmo elétrico; métrico, estético ... sintético. Na verdade patético, mas não queria dizê-lo, não queria se-lo ... selo, carta, cartão postal; já eram se foram no tempo ... não vejo graça abrir um e-mail.

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