quinta-feira, 21 de outubro de 2010

atrás da moita

Mesmo ficando louco, feito cão, cão danado: arisco, arredio, desconfiado ... veiaco. Mestre de cerimonias, cuca, impaciência, impedância, pança ... balançando a pança, parece dança, dança da chuva, dança pra lua, dança romântica ... que nada, é mais das cadeiras, dança das cadeiras, poltronas, banquetas; baque, batuque, atabaque; repique o pique, acelere o passo, o compasso, o espaço. Frio, gelado, solitário ... espaço ... que me cerca, que te envolve, nos contorna. Feito cão. Latindo, rosnando, uivando; quando te vejo passando, rebolando, chamando; vem cá vem! Vem mais perto, preciso te contar um segredo, meus dedos são ligeiros, mas não roubam teu dinheiro, cartão ou cheque ... sem fundo ... sem lastro ... sem o menor dos sentidos prossigo escrevendo este texto e me pergunto: onde quero chegar? Tenho agora que pensar como o cão, esquinha, poste, casinha? Talvez uma moitinha, hum atrás da moita te vejo a noitinha, que tal um luar, um silêncio, contemplação ... não tenho apelação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário