sexta-feira, 15 de outubro de 2010

temos que ...

Temos que ... que ... então, me fugiu a palavra. Volta aqui danada, palavra danada, cantada, falada, escrevinhada. Palavra fugida, evacuada, foragida, bandida? Não, ela é assim mesmo, foge, se esconde, depois reaparece, surge bela, fera, selvagem donzela ... hum, que belas pernas, torneadas, esguias; belas pernas!  Longas como a mentira, se afasta, vai embora ... de fininho, aos pouquinhos, mansinho. Monstro! Monstra! Opostos lados do mesmo ringue, luvas, socos, suor, sangue, loucura! Vai a massa à loucura, festeja, celebra, é sempre festa. Festa política, frase política, palavra política ... mítica ... crítica ... monolítica. Mas a palavra cria pernas, na verdade tem as suas próprias pernas e vai longe, vai distante; até mesmo por espaços desérticos, sertões e grotões. Vai por ai vadia, catando quem pode, cantando quem deve, fazendo sua parte: transmite, revelada, esconde, deturpa, santa, bruxa, carranca e outros tantos ... tantas palavras vadias, desfilando, devorando, sonhando ... palavras e mais palavras, frases e mais frases; o que fazes? O que dizes? Ouvires?

Nenhum comentário:

Postar um comentário