sábado, 12 de setembro de 2015

De papel.

Pelo menos um
tempo sem hora
sem lei
sem piedade
de nada
ninguém
nem coisa
crueldade
barbaridade
realidade
de muitos
muitos mesmo
populações
em movimento
novos nômades
pelos desertos
mares
guetos
favelas
acampamentos
melhor que antes
pensam assim
sem bombas
tiros
ares nocivos
pelo menos isso
o resto
esperança
fé em algo
novas terras
e foram
em seus barquinhos de papel
afundando
se afogando
matando.

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